Beijing, 7 mai (Xinhua) -- A China está ponderando o marxismo em meio à celebra??o do 200o aniversário do nascimento de Karl Marx no sábado, quando o Segundo Congresso Mundial sobre Marxismo foi aberto na Universidade de Pequim, onde a teoria come?ou a se espalhar no país.
Mais de 120 acadêmicos marxistas de 30 países se reuniram na universidade e compartilharam suas ideias sobre o pensamento.
O Primeiro Congresso Mundial sobre Marxismo foi realizado na universidade em 2015.
O economista egípcio Samir Amin disse no congresso, que termina neste domingo, que "Marx era um pensador gigante, n?o só para o século 19, mas ainda mais por entender nossos tempos contemporaneos. Nenhuma outra tentativa de desenvolver uma compreens?o de sociedade foi t?o fértil."
Segundo Emir Sader, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o desenvolvimento da China nas últimas décadas é um exemplo notável de como apenas a adapta??o criativa do marxismo às condi??es nacionais específicas pode resolver os grandes problemas de sociedades contemporaneas.
"Os sucessos da China nessa dire??o s?o uma referência central para que outras na??es enfrentem seus problemas, n?o só pelos resultados alcan?ados pelo país asiático, como também pela necessidade de cada na??o de aplicar adequadamente o marxismo às suas próprias condi??es", acrescentou.
Durante o congresso, os acadêmicos discutiram tópicos como teoria marxista e coopera??o e governan?a global, filosofia chinesa e moderniza??o da China.
O marxismo também fez a na??o pensar, já que uma série de atividades foram realizadas para comemorar o 200o aniversário do nascimento de Marx.
Na manh? de sábado, o local do primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) em Shanghai estava cheio de visitantes, ansiosos para ver a primeira tradu??o chinesa do Manifesto Comunista.
Xu Ming, vice-curador do museu do local, destacou que "o marxismo iluminou o caminho para a humanidade inteira e, agora nessa nova era, o marxismo combinado com a realidade na China ainda nos dá for?as de luta". "Devemos aplicar os princípios científicos e o espírito do marxismo em nossas grandes causas e sonhos", completou.
Gulufuhaali Abduwali, estudante uigur da Universidade Normal de Xinjiang, na Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, disse que é um participante entusiástico das aulas de marxismo. Ele lembra particularmente de sua experiência de visita em Jinggangshan, cora??o das primeiras atividades revolucionárias do PCCh na Província de Jiangxi, leste do país.
"Fiquei emocionado ao ver como o presidente Mao liderou o Exército Vermelho para a vitória com o marxismo como sua cren?a", disse ele. "Passo a passo, eles criaram uma base sólida para uma boa vida no futuro."
Gulufuhaali revelou que deseja se tornar um professor universitário.
"Quero ajudar os estudantes étnicos a compreender a essência do marxismo, de modo a fazer contribui??es para nosso país e a estabilidade de Xinjiang."
Na sexta-feira, uma grande reuni?o foi realizada em Beijing para homenagear o "maior pensador" da história. O Diário do Povo elogiou o papel crucial do marxismo na moderniza??o da China em um editorial. "Enquanto o mundo chegou a uma encruzilhada, a China está inabalável. O marxismo é fundamental para a estabilidade e o desenvolvimento da China", afirmou.