A passagem de um navio de guerra americano pelo estreito de Taiwan n?o contribuirá para a melhoria da atual situa??o e pode provocar mais a??es de Beijing, segundo os analistas da parte continental da China.
“Os EUA devem lidar prudentemente com a quest?o de Taiwan para evitar danos aos la?os bilaterais, à paz e à estabilidade na regi?o do Estreito de Taiwan”, afirmou a porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Hua Chunying, nesta ter?a-feira (5).
"A quest?o de Taiwan é a mais importante e sensível nas rela??es China-EUA", disse Hua, em resposta à notícia da Reuters, que informa que os EUA estavam considerando enviar um navio de guerra através do Estreito de Taiwan.
Os EUA examinaram os planos da passagem de um porta-avi?es, mas n?o ir?o prosseguir, presumivelmente por considera??o pela China, reiterou uma autoridade dos EUA.
"Os EUA sentem vontade de ajudar Taiwan, agora que a regi?o se depara com uma maior press?o por parte de Beijing e cada vez mais países a cortarem as suas ‘rela??es diplomáticas’ com Taiwan", disse Wu Xinbo, diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade de Fudan.
Mas esta decis?o dos EUA pouco contribuirá para ajudar Taiwan, já que a ilha é apenas uma carta para intimidar a China, disse Wu, acrescentando que qualquer provoca??o pode solicitar resposta de Beijing.
"A quest?o de Taiwan é uma linha que n?o pode ser tocada ou trespassada", disse o Tenente-general He Lei, vice-diretor da Academia de Ciências Militares do Exército de Liberta??o Popular (ELP), no Diálogo Shangri-La deste ano, em resposta aos comentários do Secretário de Defesa dos EUA, James Mattis.
He ressaltou que "o ELP tem a determina??o, confian?a e capacidade de salvaguardar a soberania, a uni?o e os interesses de desenvolvimento da China".
O Ministério da Defesa alertou em novembro que realizaria exercícios militares frequentes na área.
“A fa??o pró-independência de Taiwan n?o tem escolha a n?o ser buscar a ajuda dos Estados Unidos, Jap?o ou até mesmo da índia”, afirmou Wu Yaming, especialista em rela??es entre os dois lados do estreito, ao Global Times.
Wu referiu que os EUA e a China devem p?r termo ao crescente antagonismo sobre a quest?o de Taiwan, uma vez que “a ilha será reunificada mais cedo ou mais tarde, e tal n?o será influenciado por uma decis?o dos EUA”.