Beijing, 19 jun (Xinhua) -- Um satélite com uma antena dourada em forma de guarda-chuva está em órbita a mais de 400 mil quil?metros de distancia da Terra, esperando a sonda lunar Chang'e-4, que poderá ser o primeiro aparelho a aterrissar brandamente na parte escura da Lua.

O satélite de retransmiss?o para a Chang'e-4 estabelecerá uma conex?o de comunica??o entre a Terra e o lado escuro da Lua e poderá servir as sondas de outros países, contribuindo assim para a explora??o científica internacional, assinalou Ye Peijian, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências e um dos importantes especialistas espaciais do país.

O satélite, de apelido Queqiao, ou Ponte das Tagarelas, foi lan?ado em 21 de maio e entrou na órbita de Halo ao redor do segundo ponto Lagrangeano (L2) do sistema Terra-Lua, onde pode "ver" tanto a Terra como a parte escura da Lua.

Espera-se que a sonda lunar Chang'e-4, incluindo um aterrizador e um vagueador, será lan?ado no fim deste ano. Sua miss?o de explorar o lado escuro da Lua foi proposta por Ye, que trabalhou no programa de explora??o lunar da China da Chang'e-1 há mais de uma década.

A Chang'e-4 segue a Chang'e-3, que foi lan?ada no final de 2013 e se tornou na primeira espa?onave espacial chinesa a aterrissar de forma controlada e explorar um objeto extraterrestre.

Depois que a Chang'e-3 concluiu sua miss?o, o setor espacial da China debateu o destino da Chang'e-4. Alguns eram a favor de aterrissar de novo no lado próximo da Lua, pois é mais seguro.

"N?o concordo com isso. Por que a Chang'e-4 deveria repetir o que a Chang'e-3 tinha feito? N?o devemos ter medo do fracasso na explora??o científica. Precisamos inovar", destacou Ye.

O especialista sugeriu enviar a Chang'e-4 ao lado escuro da Lua, o que é sem precedentes e inovador.

Como o primeiro satélite a operar na órbita de Halo ao redor do ponto L2, Queqiao usou quantidades relativamente pequenas de combustível durante sua viagem à órbita planejada, já que estava sob controle preciso. Sua vida projetada é de três anos, mas Ye assinalou que poderia trabalhar entre sete e oito anos.

Isto quer dizer que também pode proporcionar comunica??es para sondas procedentes de outras na??es se tentarem explorar a parte oculta da Lua no futuro próximo.