Por correspondentes da Xinhua Liu Long e Xu Xiaoqing
Shanghai, 2 jul (Xinhua) -- Para quem gosta de arte contemporanea, talvez a Funda??o de Fosun seja um lugar ideal para passar um tempo livre em Shanghai. Foi inaugurada no domingo uma exposi??o de arte contemporanea China-Portugal na cidade, com presen?a de quase 100 obras de 12 artistas chineses e portugueses.
Localizado na beira do Rio Yangtze, a Funda??o de Fosun torna-se um novo marco cultural entre os amantes de arte da cidade.
Com o tema "Saudade: Lugar Imemorial no Tempo", a exposi??o tem como objetivo elevar a confian?a cultural da China e promover o intercambio cultural entre o país e a comunidade internacional sob a Iniciativa do Cintur?o e Rota.
Saudade, uma palavra muito especial e t?o difícil de achar uma tradu??o precisa em outra língua, representa uma memória agradável e desejo sobre o passado, mas muitas vezes, a realidade é contrária. é assim que a palavra "saudade" se refere a uma tristeza doce, uma contradi??o entre a realidade e a aspira??o inicial, explicou a curadora da exposi??o, Yuko Hasegawa.
Seis artistas portugueses, incluindo Joana Vasconcelos, Rui Moreira, André Sousa, Luísa Jacinto, Pedro Valdez Cardoso, Vasco Araújo e José Pedro Croft, mostraram para a audiência chinesa as suas compreens?es profundas e pensamentos filosóficos sobre a essência da saudade, por outro lado, os seus colegas chineses forneceram uma interpreta??o diversificada ao conceito pelas suas obras cheias de filosofia chinesa.
Rui Moreira, um artista que mora em Lisboa, trouxe cinco obras para a audiência chinesa esta vez. Na entrevista à Xinhua, ele contou a sua história na produ??o de uma obra artística.
"Geralmente obtive a minha inspira??o na minha viagem ao Deserto de Sahara, à floresta da Amaz?nia e outros destinos. Viajei por mais de um mês anualmente para o exterior durante 12 anos", disse Moreira. "Levei abastecimentos suficientes e fiquei sozinho no interior do deserto no sul de Marrocos por dias, observando e pensando, para fazer um rascunho de uma pintura."
"Muitas vezes quando terminava a minha produ??o no fim do dia, somente conseguia perceber que a areia já tinha quase coberto o meu joelho, por causa da for?a eólica", disse Moreira.
Depois desse flash de faísca na sua cabe?a, ele geralmente leva meses para terminar uma obra de grande tamanho. No seu desenho, a audiência pode achar elementos culturais bem diversificados, de músicas e literaturas islamicas, africanas, chinesas ou japonesas. é assim que ele tentou trazer à audiência uma experiência especial, uma jornada de tempo e passagem de espa?o diferentes.
O escultor chinês Liu Jianhua usou milhares de fichas de casino para criar um módulo de Shanghai, uma metrópole que acolhe mais de vinte milh?es de pessoas e com uma grande press?o sobre o meio ambiente e os recursos sociais.
"Shanghai é uma janela pioneira para o mundo conhecer a China e também um porto para chineses se conectarem com o mundo exterior, é uma máquina do tempo para nós viajarmos entre o passado e o presente", disse Liu, apresentando desta maneira a sua saudade da cidade esquecida atrás dos conjuntos de arranha-céus.
A exposi??o vai durar até 26 de agosto. Em seguida, a exposi??o vai ser realizada também em Portugal, programada provavelmente para este outono, revelou Hasegawa.