
[Foto: Chinadaily]
A Tanzania tem recebido cada vez mais empresas chinesas que investem na indústria farmacêutica do país, o que aumenta a acessibilidade dos medicamentos, disse a ministra da Saúde da Tanzania, Ummy Ali Mwalimu.
Mwalimu fez o discurso em um simpósio durante a Reuni?o de Alto Nível sobre a Coopera??o em Saúde China-áfrica, realizada entre os dias 17 e 19 de agosto em Beijing.
A ministra disse que os produtos farmacêuticos da China em 2017 foram responsáveis por quase 25% do total das importa??es de produtos farmacêuticos na Tanzania.
Uma das consequências da coopera??o entre os dois países é que as pessoas da Tanzania podem agora comprar medicamentos a um pre?o mais baixo.
"O pre?o das commodities de saúde foi reduzido em cerca de 40%", informou Mwalimu.
O tempo gasto na entrega de produtos de saúde foi também reduzido. Anteriormente, eram necessários seis a nove meses para que os produtos chegassem à Tanzania. Atualmente a medica??o pode ser entregue em menos de três meses.
Apesar das importa??es de outros países, os países africanos, como a Tanzania, est?o procurando desenvolver indústrias farmacêuticas locais.
Com uma popula??o de 1,2 bilh?es de pessoas, a áfrica continua a enfrentar os maiores desafios de saúde global, incluindo AIDS, malária e outras doen?as n?o contagiosas.
Ao mesmo tempo, espera-se que, com a urbaniza??o acelerada, a popula??o da áfrica duplique até 2050. Esse crescimento populacional criará uma demanda significativa por produtos farmacêuticos, bem como por outros produtos de saúde.
Um dos fatores que atualmente dificultam a capacidade dos países africanos de lidar adequadamente com a alta carga de doen?as e melhorar seu sistema geral de saúde é a alta dependência das importa??es, afirmou Jane Xing, vice-diretora do escritório da Funda??o Bill & Melinda Gates na China.
"Por exemplo, as importa??es respondem a 85% dos produtos farmacêuticos na Etiópia. No Quênia, o país que tem a indústria manufatureira farmacêutica mais desenvolvida da áfrica Oriental, a dependência das importa??es ainda está acima dos 70%", revelou Xing no simpósio.
O que os países africanos podem fazer, sugeriu, é investir em facilitadores para o desenvolvimento sustentável da indústria, com um forte enfoque na qualidade e acessibilidade, incluindo o fortalecimento da capacidade reguladora dos governos, para garantir que as empresas possam fazer negócios de forma saudável.
Com a experiência adquirida em décadas de esfor?os para construir uma indústria farmacêutica e de produtos para a saúde doméstica, a China também pode desempenhar um papel fulcral no apoio à áfrica no desenvolvimento da sua própria indústria farmacêutica, refor?ou Xing.
Em 2014, a China tornou-se o segundo maior mercado farmacêutico do mundo.
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