Roma, 27 ago (Xinhua) -- A Agência de Refugiados das Na??es Unidas, a ACNUR, instou neste sábado a Itália a permitir o desembarque imediato de migrantes encalhados em um navio da guarda costeira italiana e pediu aos Estados membros da UE que os acolham.

O navio, conhecido como "Diciotti", está atracado no porto siciliano de Catania, na Itália, desde segunda-feira. Mais de 100 de seus passageiros, a maioria supostamente de países de onde saem muitos refugiados, ainda est?o impedidos de desembarcar, enquanto a Itália espera por uma solu??o para sua realoca??o a ser alcan?ada com outros estados da UE. Aqueles permitidos em terra s?o menores e pessoas que precisam de tratamento médico urgente.

"Ao longo da história, a Europa reconheceu a obriga??o moral e legal fundamental de ajudar as pessoas que fogem da guerra, da violência e da persegui??o", afirmou em comunicado oficial o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.

"Chegou a hora de acabar com o vai e vem que tem visto os países competindo em uma corrida até o fundo em quem pode assumir a menor responsabilidade por pessoas resgatadas no mar", disse Grandi.

Os migrantes de Diciotti encalhados provocaram uma nova rodada de discuss?es acaloradas sobre a migra??o na UE.

Mais cedo, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, disse que "n?o quer mais imigrantes ilegais entrando na Itália", enquanto o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio amea?ou suspender os pagamentos da UE se o bloco n?o ajudar os imigrantes.

"Eles querem os 20 bilh?es de euros pagos pelos cidad?os italianos? Ent?o, demonstrem que merecem isso e que est?o se encarregando de um problema que n?o podemos mais enfrentar sozinhos. As fronteiras da Itália s?o as fronteiras da Europa", disse Di Maio.em um post no Facebook.

No entanto, uma reuni?o de alto nível de uma dezena de estados membros da UE na sexta-feira n?o conseguiu chegar a uma solu??o imediata para os migrantes de Diciotti.

"é perigoso e imoral p?r em risco a vida de refugiados e pessoas em busca de asilo, enquanto os Estados se envolvem em um cabo-de-guerra político em solu??es de longo prazo", disse Grandi.

Mais de 1.600 pessoas perderam a vida tentando chegar às costas europeias em 2018, embora o número de pessoas que tentam atravessar tenha diminuído significativamente em compara??o com anos anteriores, segundo a declara??o da ACNUR.