Cidade do México, 28 Ago (Xinhua) -- A Iniciativa do Cintur?o e Rota da China oferece "muitos benefícios" e "mais investimentos" para a América Latina, segundo o chefe da Comiss?o Econ?mica das Na??es Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Os países da regi?o est?o come?ando a avaliar a possibilidade de participar desse "grande projeto", no qual a China "tem muito a oferecer" nas áreas de comércio e infraestrutura, disse a secretária executiva da CEPAL, Alicia Barcena.

"Acredito muito na Iniciativa do Cintur?o e Rota", disse Barcena à Xinhua durante uma visita à Cidade do México, acrescentando que "atrairia mais investimentos em conectividade e mobilidade para a agenda digital da Indústria 4.0 e tudo isso".

No Chile, onde está sediada a CEPAL, o investimento chinês está tendo um impacto positivo nas comunica??es digitais, além da coopera??o científica e tecnológica, acrescentou.

Embora o comércio regional com a China tenha crescido quase 200 vezes em menos de uma década, "o interessante" sobre a iniciativa é que "redireciona grande parte do relacionamento com a China para a infraestrutura", disse Barcena.

Nos cinco anos desde que a China revelou o inovador esquema global de desenvolvimento, a iniciativa gradualmente evoluiu de um conceito em a??es concretas e ganhou reconhecimento mundial, inclusive na América Latina, uma regi?o tradicionalmente carente de infraestrutura e recursos financeiros para construí-la.

Na Segunda Reuni?o Ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), realizada na capital do Chile, Santiago, os países aprovaram uma declara??o especial endossando a iniciativa.

A China também convidou a CEPAL para fazer parte da diretoria da iniciativa, disse Barcena, em reconhecimento ao papel da agência como ponte entre as duas regi?es.

Como um passo em dire??o a uma maior coopera??o entre a América Latina e a China, El Salvador anunciou esta semana que estava estabelecendo la?os diplomáticos com o gigante asiático, disse a Barcena.

A China divulgou propostas "muito interessantes" para desenvolver setores-chave, como energia, constru??o e inova??o científica, por meio de comércio, investimento e coopera??o financeira, disse Barcena.

De acordo com a autoridade alfandegária da China, o comércio entre a China e a América Latina e o Caribe atingiu cerca de US$ 260 bilh?es em 2017, um aumento de 18,8% em rela??o ao ano anterior.

Os relatórios do Ministério do Comércio da China indicam que o investimento chinês na América Latina ultrapassou os 200 bilh?es de dólares, transformando a regi?o no segundo principal destino dos investimentos chineses no exterior.