
Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), fez discurso em Washington, nos EUA, a 1 de outubro de 2018. [Foto/Xinhua]
WASHINGTON, 10 de out (Diário do Povo Online) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou na ter?a-feira (9) a sua previs?o de crescimento econ?mico global para 3,7% em 2018 e 2019, 0.2% inferior do que na sua estimativa feita em abril para ambos os anos, citando o crescente protecionismo comercial e a instabilidade nos mercados emergentes.
De acordo com as últimas perspetivas da economia mundial (WEO, na sigla inglesa), os Estados Unidos podem crescer mais lentamente, em 2,5%, no próximo ano devido às medidas comerciais anunciadas recentemente, incluindo as tarifas impostas sobre importa??es da China com um valor de 200 bilh?es de dólares. Na previs?o de abril, o FMI previu um aumento de 2,7% da economia dos EUA.
O crescimento dos Estados Unidos diminuirá, pois as medidas de estímulo fiscal come?ar?o a relaxar em 2020, quando o ciclo de aperto monetário é esperado a chegar ao seu pico, de acordo com o relatório.
A escalada das tens?es comerciais e a mudan?a potencial de um sistema comercial multilateral baseado em regras s?o as principais amea?as à perspetiva global, alertou a WEO.
O relatório acrescentou que a intensifica??o de tens?es comerciais e o aumento da incerteza política podem prejudicar o mercado comercial e financeiro, desencadeando a volatilidade do mercado financeiro e desacelerando o investimento e o comércio.
"Barreiras comerciais mais altas podem perturbar as cadeias de fornecimento globais e desacelerar a promo??o de novas tecnologias, reduzindo a produtividade e o bem-estar global. Mais restri??es às importa??es também podem tornar os bens de consumo comercializáveis menos acessíveis, prejudicando desproporcionalmente as famílias de baixo rendimento."
"Sem o multilateralismo, o mundo será um lugar mais pobre e mais perigoso," disse em uma declara??o o economista chefe do FMI, Maurice Obstfeld.
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