BEIJING, 11 de out (Diário do Povo Online) - A China refutou as alega??es dos líderes dos Estados Unidos de que "os EUA reconstruíram a China", refutando que o desenvolvimento de qualquer país depende de si mesmo.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Lu Kang, afirmou, em uma entrevista coletiva na quarta-feira, que a China deve a sua grande conquista ao nível do desenvolvimento à lideran?a do Partido Comunista da China, ao caminho tra?ado pelo socialismo com características chinesas, aos esfor?os inabaláveis do país em promover a reforma e abertura, bem como à diligência e sabedoria do povo chinês.
A alega??o dos líderes dos EUA, que atribuem o progresso da China aos superávits comerciais favoráveis a Beijing é, logicamente, insustentável, reiterou Lu.
Em vez de procurar o desenvolvimento dentro de um vácuo, a China sempre manteve a sua porta aberta para a coopera??o entre os dois países, acrescentou.
"Enquanto país com uma popula??o próxima de 1,4 bilh?o de pessoas, é impossível para a China depender da caridade de outrém para o seu desenvolvimento. Receio que simplesmente n?o exista país com tais capacidades para reconstruir a China", refor?ou o porta-voz.
Lu afian?a que o déficit comercial dos EUA com a China é resultado de vantagens comparativas da China e de fatores de divis?o do trabalho.
O comércio exterior da China foi consentaneo com os princípios do mercado e conduzido de forma justa. Os EUA compram mais da China do que vendem, tendo também imposto restri??es às exporta??es de alguns produtos, o que, naturalmente, resultou em deficits, explicou.
Concomitantemente, o comércio bilateral entre a China e os EUA “n?o é — de forma alguma — um canal de transporte de riqueza para a China”, disse Lu, acrescentando que os EUA há muito vêm obtendo amplos benefícios econ?micos da coopera??o empresarial e comercial com a China.
A China pede que os EUA adotem a mentalidade certa, respeitem os fatos, cessem as acusa??es infundadas contra a China e fa?am mais para beneficiar as empresas e os consumidores, disse Lu.
Um relatório divulgado pelo Deutsche Bank em junho indica que, embora a China tenha um superávit comercial de 376 bilh?es de dólares com os EUA em 2017, os consumidores chineses possuem mais iPhones e compraram mais carros da General Motors do que os consumidores norte-americanos.
"Esses carros e telefones s?o vendidos para a China n?o através das exporta??es dos EUA, mas através de subsidiárias chinesas de empresas multinacionais dos EUA", informa o relatório.