BRUXELAS,18 de mar (Diário do Povo Online) - O nono turno do Diálogo Estratégico de Alto Nível China-UE em Bruxelas real?ou a necessidade de refor?ar a parceria bilateral.
O diálogo foi co-dirigido pelo Conselheiro de Estado e chanceler da China, Wang Yi, e pela alta representante para os assuntos externos e política de seguran?a da UE, Federica Mogherini.
Wang afirmou que a China e a UE s?o parceiros estratégicos. Perante uma situa??o internacional turbulenta, ambos os lados desenvolveram uma comunica??o e coopera??o frutuosas, desempenhando o papel de “estabilizadores”.
A China e a Europa, enquanto dois dos maiores poderes do mundo, devem acatar com esta responsabilidade. O nível e escopo da coopera??o bilateral est?o em um máximo histórico, havendo ainda grande margem de progress?o, disse Wang.
Os dois lados devem, segundo Wang, continuar a coopera??o, adotar uma orienta??o de solucionamento de problemas, explorar novos métodos, novas áreas e novos catalisadores nas parcerias relacionadas com a paz, crescimento, reforma e civiliza??o.
Wang ressaltou três pontos. Primeiro, que a natureza das rela??es China-UE é manifestamente cooperativa. O consenso existente é o de focar no desenvolvimento das rela??es bilaterais, embora as duas partes difiram em algumas quest?es.
Wang acredita que n?o existe conflito de interesses entre a China e a UE. Os dois podem atingir vários consensos e controlar as diferen?as, maximizando os interesses comuns das duas partes.
Em segundo lugar, a finalidade da coopera??o China-UE é atingir o benefício mútuo e resultados proveitosos para as duas partes, disse Wang, desejando que a Europa possa beneficiar da nova senda de reforma e abertura da China.
O chanceler voltou a convidar a Europa para participar na constru??o da iniciativa do Cintur?o e Rota, e disse esperar que o plano de conectividade Europa-ásia possa complementar a iniciativa do Cintur?o e Rota.
Por último, Wang disse que o respeito dos interesses fundamentais de ambas as partes é a chave para a confian?a entre a China e a UE, deixando o apelo a que a UE possa ser discreta nas palavras e a??es. A China está disponível para trabalhar com a UE para manter um sólido desenvolvimento de rela??es bilaterais, em prol dos povos de ambas as partes, contribuindo para a paz e o desenvolvimento mundial.
Mogherini disse que as rela??es UE-China atingiram um novo máximo nos últimos 5 anos em termos da sua profundidade e extens?o. Ambos partilham da postura contra o unilateralismo e protecionismo, e ambos apoiam a ordem internacional estabelecida em torno das Na??es Unidas.
Pela primeira vez, o ministro das Rela??es Exteriores chinês reuniu-se com os seus congêneres de 28 estados membros da UE na segunda-feira, tendo todos eles discutido o refor?o da coopera??o EU-China. A EU considera a China um importante parceiro estratégico, n?o somente economicamente, mas também politicamente, segundo Mogherini.
O novo documento da UE relativo à política sobre a China publicado na semana passada n?o irá substituir a atual coopera??o estratégica da UE com a China, disse ela. A UE n?o tem inten??o de conter o desenvolvimento da China, frisou, referindo que é “impossível” fazê-lo. A UE, segundo ela, pretende que a China desempenhe um papel maior em quest?es globais.
A UE, prosseguiu, tem divergências com a China em algumas quest?es, mas sempre considerou a parceria bilateral estratégica da perspetiva da prosperidade comum. A UE irá continuar a aderir à política de uma só China sem qualquer altera??o.
Mogherini ressaltou que a UE, juntamente com a China, irá promover a implementa??o de acordos multilaterais e trabalhar conjuntamente em quest?es como o acordo de Paris, o acordo nuclear do Ir?, objetivos de desenvolvimento sustentáveis, desenvolvimento africano, etc.
A UE está disposta a melhorar a conectividade e a comunica??o com a ásia, a explorar as complementaridades com a iniciativa do Cintur?o e Rota e cooperar com terceiros. A UE espera refor?ar a entreajuda em matéria de seguran?a e defesa com a China. Os dois lados podem cooperar em seguran?a cibernética, salvaguardar a abertura, seguran?a e estabilidade da internet, e estabelecer uma ordem mundial digital baseada em regras, observou Mogherini.
As duas partes trocaram ainda opini?es sobre a situa??o internacional atual, as respetivas rela??es com as potências mundiais, e assuntos de ordem global e regional.