Rio de Janeiro, 22 abr (Xinhua) -- O governo do Brasil pretende ampliar sua presen?a no mercado de carnes chinês aproveitando a peste suína no país asiático, maior produtor de carne suína do mundo.

Segundo afirmou nesta segunda-feira a ministra da Agricultura brasileira, Teresa Cristina, "como o problema (da peste suína na China) está se agravando, vemos grande oportunidades do Brasil ocupar parte desse espa?o", embora tenha admitido que isso provocará uma diminui??o nas exporta??es de soja para o país asiático.

"Com certeza diminuir?o as nossas exporta??es de soja, mas nós vamos agregar valor. Em vez de vender soja a US$ 500 por tonelada, vamos vender a proteína a US$ 2.000 por tonelada, seja frango, bovino ou suíno", disse Tereza Cristina a jornalistas após reuni?o com lideran?as do setor na sede da Associa??o Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A ministra ressaltou que o Brasil tem que tomar cuidado para que seus porcos n?o sejam contagiados por este surto de peste suína, enfermidade erradicada do país desde 1984. No ano passado, as autoridades sanitárias ampliaram as medidas de vigilancia para evitar a chegada do vírus ao país.

Ainda durante a entrevista, Cristina informou que a China enviará uma nova miss?o ao Brasil para inspecionar unidades produtoras de carnes. Em 2018, os chineses visitaram 10 plantas de proteína no Brasil e agora pediram informa??es adicionais.

Segundo a ministra, as respostas a essas quest?es ser?o apresentadas durante a miss?o oficial encabe?ada por ela que visitará em maio China, Jap?o, Vietn? e Indonésia.