A Europa teria de pagar mais 55 bilh?es de euros ($62 bilh?es) para as redes 5G e sofrer um atraso tecnológico de dezoito meses se proibisse as compras de equipamento de telecomunica??es dos principais fabricantes chineses, de acordo com um relatório industrial.
O relatório da Associa??o GSM, que representa 750 operadores móveis em todo o mundo, diz Ericsson, Nokia e Samsung, os concorrentes n?o chineses no mercado 5G, n?o têm capacidade para lidar com toda a transi??o das redes 3G e 4G para 5G na Europa, honrando os contratos já assinados na América do Norte e ásia.
Huawei e ZTE representam cerca de quarenta por cento do mercado da UE, e Huawei é "atualmente uma pioneira na tecnologia 5G", de acordo com a análise GSM, primeiro relatado por Reuters e Agence France-Presse na sexta -feira.
"A proibi??o dos vendedores chineses reduziria gravemente a concorrência no mercado de equipamentos móveis, aumentando os pre?os e gerando custos adicionais de desenvolvimento de 5G", afirmou o relatório. Previu que a proibi??o"conduziria a um desenvolvimento mais lento das redes de 5G na Europa e reduziria a absor??o, o que aumentaria ainda mais o fosso de produtividade entre a UE e os EUA".
O presidente norte-americano Donald Trump assinou uma ordem executiva a 15 de maio para proibir a tecnologia e os servi?os de "adversários estrangeiros" considerados como apresentando riscos para a seguran?a nacional. Por conseguinte, o Departamento de Comércio dos EUA adicionou Huawei e 70 afiliados à sua lista de entidades, proibindo Huawei de comprar pe?as e tecnologia de empresas americanas sem aprova??o do governo. Mais tarde, os Estados Unidos concederam um adiamento de 90 dias da proibi??o.
Na semana passada, Trump e o Secretário de Estado Mike Pompeo continuaram a pressionar os líderes da UE a seguirem o exemplo ou enfrentarem as consequências, como por exemplo por Washington interrompendo a partilha de informa??es dos EUA.
Muitos na Europa concluíram que os EUA impuseram a proibi??o de Huawei para reduzir o crescimento da China e manter o domínio tecnológico dos EUA.
Até agora, a Alemanha, a Fran?a e o Reino Unido rejeitaram a proibi??o total de Huawei. A Chanceler alem? Angela Merkel afirmou que as empresas que satisfazem critérios de seguran?a estabelecidos podem participar em concursos para a constru??o da rede 5G da Alemanha.
A BDI, a federa??o das indústrias alem?s, afirmou que "a Europa precisa manter o seu próprio curso" e que a UE decidiria de forma independente quais as empresas que permitiria construir infra-estruturas de rede 5G
Shada Islam, diretora da Europa e geopolítica na Friends of Europe, um grupo de reflex?o em Bruxelas, disse que a UE n?o tomou partido pela Huawei.Temos os nossos próprios interesses e as nossas próprias preocupa??es, e estamos a expressar-nos com uma crescente auto-confian?a no palco global ”, afirmou ela.
Abraham Liu, principal representante de Huawei junto às institui??es da UE, afirmou recentemente em Bruxelas que a solu??o 5G de Huawei é a melhor do mercado e, em grande medida, um produto europeu. é feita sob medida para as necessidades da Europa ”, disse ele. Huawei está operando na Europa há quase vinte anos e tem doze mil empregados lá, 70 por cento contratado localmente.
"Huawei está se tornando vítima de bullying pela administra??o dos EUA. Isto n?o é apenas um ataque contra Huawei. é um ataque à ordem liberal baseada em regras."Isto é perigoso", disse ele, como citado pela Parliament Magazine.