O lado norte-americano deve perceber que “medidas de bullying” n?o s?o solu??es sensatas.

A China e os EUA precisam construir uma confian?a mútua mais sólida para avan?ar com o intercambio econ?mico e comercial, de acordo com os especialistas.

O apelo surge após o presidente Xi Jinping e o seu homólogo Donald Trump terem concordado se encontrar no sábado, na cúpula do G20, dar continuidade ao diálogo que fora suspenso em maio.

“O encontro Xi-Trump na cúpula do G20 tem um grande significado”, disse Dong Yan, diretora do escritório de comércio internacional no Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

O consenso atingido entre os dois líderes para avan?ar com as rela??es bilaterais, incluindo “coordena??o, coopera??o e estabilidade” pode guiar a dire??o futura do diálogo comercial, disse Dong. “Isso irá ajudar os dois países a retomarem as rela??es, reduzindo a press?o descendente no crescimento econ?mico global”, afirma.

Embora existam boas perspetivas para o futuro, refere Dong, “existir?o alguns contratempos no processo, sendo que mais confian?a mútua e entendimento é necessário entre os dois lados”.

A China e os EUA est?o envolvidas em uma disputa comercial de quase um ano, tendo ripostado mutuamente com tarifas de bilh?es de dólares sobre as importa??es da outra parte. Antes do encontro de líderes mundiais na cúpula do G20, negociadores de ambas as partes realizaram 11 rondas de conversa??es de alto nível.

Wang Xiaosong professor de comércio internacional da Escola de Economia da Universidade Renmin da China, disse que ambas as equipes de negocia??o precisam de fazer esfor?os contínuos nas próximas negocia??es.

Após o seu encontro com Xi no sábado, Trump disse em uma coletiva de imprensa que as tarifas existentes permaneceriam sobre as importa??es chinesas, enquanto as negocia??es decorriam, mas que tarifas adicionais que havia amea?ado impor sobre produtos chineses n?o entrariam em vigor “por enquanto”, segundo a mídia norte-americana.

Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comério, disse na quinta-feira que, se a China e os EUA conseguissem alcan?ar um acordo comercial, os EUA teriam de eliminar todas as tarifas que forma impostas nas importa??es chinesas.

Dong disse: “O lado americano precisa de compreender que as medidas de bullying n?o funcionam para resolver os problemas existentes com a China. Além disso, é necessário construir um novo mecanismo que possa adaptar-se ao ambiente onde as for?as econ?micas da China e dos EUA tenham vindo a alterar-se”.

“O lado Americano deve estar consciente da sinceridade da China em avan?ar com o diálogo comercial, bem como do progresso concreto do país alcan?ado na reforma e abertura”, disse Dong. Ela citou duas listas negativas – identificando setores onde a participa??o estrangeira é restrita, a entrar em vigor a 30 de julho.

Enquanto a China e os EUA concordaram em retomar as suas conversa??es, algumas personalidades referem que embora os dois lados possam resolver algumas quest?es comerciais, o confronto no setor tecnológico continuará a intensificar.

“Se os EUA insistirem em criar políticas de conten??o das tecnologias chinesas, as empresas do país ir?o concentrar seus esfor?os em alcan?ar mais marcos no setor. Eles poder?o oferecer produtos e servi?os de acordo com um diferente padr?o (inverso ao tradicional)”, disse ele.