Em 1969, quando Neil Armstrong se tornou a primeira pessoa a pisar a lua, o satélite natural da terra n?o era mais que um círculo luminoso no céu para contempla??o e inspira??o para os chineses. Hoje, cinquenta anos volvidos, a China tornou-se a primeira na??o a enviar um aparelho ao lado oculto lunar.

Com as celebra??es da alunagem histórica levada a cabo pelos EUA a 20 de julho de 1969, os exploradores chineses dizem que o programa de explora??o lunar chinês, o qual inclui planos para um protótipo de uma esta??o lunar em 2030 para preparar miss?es tripuladas, está agora aberto à considera??o internacional.

A esta??o de pesquisa lunar irá se tornar uma base para os astronautas visitarem periodicamente a lua e em longos períodos, segundo Lu Chunlai, diretor do Projeto do Sistema de Pesquisa e Aplica??o do Programa de Explora??o Lunar, e três dos seus colegas.

“A coopera??o internacional é um importante elemento da estratégia de explora??o lunar e do espa?o profundo”, escreveram em um artigo publicado na sexta-feira em uma edi??o especial da revista estadunidense Ciência, para assinalar o aniversário da alunagem do Apollo 11.

Em 2004, a China revelou o seu programa de três fases de explora??o lunar robótica – órbita, alunagem e retorno – nomeando-o de Projeto Chang’e, em homenagem à deusa chinesa da lua.

Quatro miss?es foram realizadas entre 2007 e 2019, com o Chang’e-4 transportando uma nave e a sonda Yutu-2 na superfície do lado oculto da lua no início de janeiro. A quinta miss?o, agendada para o início do próximo ano, deverá trazer pedras de volta à terra, no que irá constituir no retorno de amostras de uma área inexplorada, de acordo com os autores.

Depois de 2030, o programa de explora??o lunar irá continuar a desenvolver a explora??o humana e robótica, sendo que a última passará a ser prioritária em miss?es de explora??o lunar subsequentes, segundo eles.

A NASA procura também voltar a colocar os EUA de novo na lua até 2024.

No artigo científico, “presente e futuro do programa de explora??o lunar da China”, Li e os seus colegas disseram que o programa de explora??o chinês é “flexível e interativo”, com ênfase na coopera??o internacional.

Os autores escreveram que a China está aberta à coopera??o com a NASA na explora??o lunar.

“Ambas as partes podem come?ar a cooperar em aspetos como intercambio de dados científicos e informa??es situacionais espaciais”, refere o artigo. “A China espera também explorar mais oportunidades de coopera??o com a NASA, visando preservar o ambiente espacial para as futuras gera??es”.

A mais recente miss?o lunar chinesa, Chang’e-4, levou a cabo experimentos da Alemanha, Suécia e Holanda, refere.

Em abril, a Administra??o Espacial Nacional da China anunciou oportunidades de coopera??o para a 6a miss?o lunar e para a sua miss?o de explora??o de asteroides. Entretanto foram também assinados acordos de coopera??o para a explora??o lunar com o Gabinete da ONU para as Quest?es do Espa?o, Turquia, Etiópia, e Paquist?o.