Brasília, 13 ago (Xinhua) -- Um protesto organizado por entidades sindicais e movimentos estudantis contra a política educacional do governo e a reforma da Previdência Social reuniu nesta ter?a-feira milhares de pessoas em todo o Brasil.
Segundo estimativas da Uni?o Nacional dos Estudantes (UNE), as manifesta??es contaram com a participa??o de cerca de 900 mil pessoas espalhadas por 204 cidades do país que criticaram os cortes na educa??o e o programa federal Future-se, que pretende transferir as responsabilidades do governo para a iniciativa privada.
Ao convocar o protesto, a UNE destacou que os cortes anunciados pelo governo afetariam n?o somente o ensino superior, como também a educa??o básica, a secundária e os programas de alfabetiza??o.
Esta foi a terceira mobiliza??o nacional de protesto desde maio, depois que o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou cortes nos fundos para educa??o.
Segundo o Sindicato Nacional de Docentes Universitários (ANDES), desde o início do governo, os cortes na educa??o já somaram 6,1 bilh?es de reais (US$ 1,53 bilh?o).
Como aconteceu nos protestos anteriores, os manifestantes também criticaram a reforma da Previdência Social, já aprovada pela Camara dos Deputados e que agora está em análise no Senado, além de outras a??es e propostas do governo.
Parte dos cartazes e camisetas fazia referência à campanha "Lula Livre", pedindo a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) preso há mais de um ano em Curitiba.