A China op?e-se à extens?o do conflito, sendo receptiva aos investimentos, diz o vice-primeiro-ministro.
A China está disposta a resolver litígios com os Estados Unidos através de negocia??es "calmas" e op?e-se resolutamente à extens?o de conflitos comerciais, disse na segunda-feira (26) o vice-primeiro-ministro Liu He.
Liu, que tem liderado as negocia??es comerciais com Washington, afirmou que a China tem ferramentas políticas suficientes e é capaz de garantir um desenvolvimento econ?mico estável e sólido.
As observa??es do vice-primeiro-ministro se deram em decorrer da tens?o comercial em curso entre as duas maiores economias mundiais, que aumentou ainda mais com ambas as partes decidindo por cobrar mais tarifas sobre as exporta??es um do outro.
"Opomo-nos resolutamente aos bloqueios tecnológicos e ao protecionismo comercial...e estamos dispostos a resolver problemas através de consulta e coopera??o com uma atitude calma ", disse Liu na cerim?nia de abertura da Exposi??o China Inteligente 2019 em Chongqing.
“Acreditamos que a extens?o da guerra comercial n?o é benéfica para a China, os EUA nem para os interesses das pessoas em todo o mundo ”, acrescentou.
O vice-primeiro-ministro afirmou que a China acolhe com agrado as empresas de todo o mundo, incluindo dos EUA, para investir e operar no país e o governo chinês continuará a criar um bom ambiente de investimento e proteger os direitos de propriedade intelectual.
O mais recente agravamento da tens?o comercial entre a China e os EUA tem lan?ado uma sombra no próximo turno de negocia??es comerciais agendado para ser realizado nos EUA no próximo mês.
Especialistas afirmaram que as observa??es de Liu assinalaram a disponibilidade da China para continuar as negocia??es comerciais com os EUA, ao mesmo tempo que transmitem a mensagem de que está confiante e é capaz de manter um crescimento estável, bem como está preparada para o pior cenário possível.
“Eles mostraram o gesto positivo da China antes das negocia??es comerciais na esperan?a de continuar as negocia??es e chegar a um acordo com os EUA ”, disse o ex-vice-ministro do comércio Wei Jianguo, que agora é vice-presidente do Centro para Intercambio Econ?mico Internacional da China, um Think tank do governo localizado em Beijing.
"Mas o país n?o tem medo da press?o extrema dos EUA, e é capaz de lidar com os piores resultados", disse Wei. “Elas (observa??es de Liu) foram também mensagens tranquilizadoras para as empresas e investidores globais de que a reforma do mercado e a abertura da China n?o ir?o recuar, a economia chinesa é resistente e o governo é capaz de proteger a economia do impacto negativo dos conflitos comerciais ", acrescentou.
Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Geng Shuang, disse que a amea?a da administra??o dos EUA de ordenar às empresas norte-americanas que procurem alternativas para fazer negócios com a China, soa mais como um slogan político do que um movimento prático.
"Mesmo que fosse acontecer, haveriam outros para preencher a lacuna. No final, foram os EUA que sofreram a perda", disse Geng em uma conferência de imprensa.
O ministério disse que o aumento das taxas norte-americanas fizeram o comércio Internacional e o crescimento econ?mico global despencarem, e exortou vivamente os EUA a n?o julgar mal a situa??o e parar imediatamente os movimentos errados.
"Se os EUA colocarem as medidas pautais em a??o, a China tomará medidas para salvaguardar seus legítimos interesses", disse Geng.
Wang Tao, economista chefe da China na UBS, disse que a última escalada pautal acrescenta mais incerteza às conversa??es comerciais EUA-China e às rela??es econ?micas bilaterais.
"Do lado chinês, a inesperada extens?o dos EUA no início de agosto e as restri??es à exporta??o da Huawei provavelmente endureceram as posi??es dos políticos...e n?o parece provável que eles v?o ceder em face de mais press?o econ?mica ”, disse Wang.
Em resposta às incertezas em torno do conflito comercial com os Estados Unidos, a China continuará a promover mais reformas e abertura do mercado, disse ela, acrescentando que os legisladores em Beijing ir?o provavelmente introduzir uma simplifica??o da política monetária adicional, aumentar o financiamento do investimento em infra-estruturas e fornecer mais apoio político ao emprego e ao bem-estar social.