Por Beatriz Cunha e Fu Yuanyuan
O vice-ministro das Rela??es Exteriores chinês, Zheng Zeguang(Foto: Fu Yuanyuan)
A embaixada brasileira na China organizou uma cerim?nia na ter?a-feira (10), em Beijing, para celebrar o Dia de Independência do Brasil, que ocorreu no dia 7. O evento contou com a presen?a e alocu??es do embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet de Mesquita, e do vice-ministro das Rela??es Exteriores chinês, Zheng Zeguang.
Vários representantes dos governos brasileiro e chinês compareceram ao evento, assim como empresários e residentes brasileiros na China.
Em seu discurso, o embaixador Paulo Estivallet lembrou que a independência do Brasil em 1822 marcou “a funda??o do país como na??o soberana no cenário internacional”, e afirmou ter sido uma importante caminhada para o país latino-americano e seu povo, que buscam, de gera??o a gera??o, desenvolver o país “com igualdade e bem-estar para cada cidad?o”.
O embaixador salientou ainda que o Brasil consolidou a independência de seu território, especialmente com base na negocia??o, o que conferiu à na??o brasileira a marca de origem de buscar solu??es pacíficas, mantendo a identidade nacional íntegra.
Zheng Zeguang, por seu turno, afirmou que o Brasil é o maior país em desenvolvimento e emergente no hemisfério ocidental, e que desempenha um papel “extremamente importante nos assuntos internacionais e regionais”. O povo brasileiro é, nas suas palavras, “caloroso e amigável, culturalmente diversificado, inclusivo e charmoso”. Zheng afirmou ainda que o Brasil é um dos países latino-americanos “mais populares e familiares entre o povo chinês”.
O embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet de Mesquita(Foto: Fu Yuanyuan)
Estivallet acrescentou que a característica pacífica do Brasil permitiu que o país desenvolvesse rela??es com todos os tipos de países: próximos e distantes, grandes e pequenos.
O diplomata considera que, além dos 197 anos de independência do Brasil, a ocasi?o celebrava a amizade do Brasil com a China e o 45o aniversário do estabelecimento das rela??es diplomáticas entre os dois países, “que durante este período construíram um relacionamento dinamico, denso e maduro”.
Sobre a efeméride dos 45 anos de rela??es diplomáticas entre a China e o Brasil, Zheng Zeguang afirmou que em todos esses anos têm havido esfor?os conjuntos de ambas as partes e, por isso, as rela??es bilaterais desenvolveram-se de forma saudável.
“O Brasil e a China têm iniciativas de coopera??o em numerosas áreas, como satélites, ciência, tecnologia e inova??o, finan?as, educa??o e cultura, que envolvem o governo, empresas e sociedade civil”, afirmou Paulo.
O ministro chinês lembrou que o Brasil é o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica e abrangente com a China, e é o primeiro em volume de comércio bilateral com a China a exceder o marco de 100 bilh?es de dólares.
Zheng enfatizou as conquistas do Brasil no desenvolvimento econ?mico e social desde a sua independência há 197 anos atrás até os dias atuais. Nos últimos anos, refere, a economia do Brasil tem crescido firmemente e se tornou “um importante alicerce do desenvolvimento e estabilidade regionais”.
O embaixador brasileiro, além de mencionar a importancia do comércio bilateral entre a China e o Brasil, destacou a visita do vice-presidente brasileiro Hamilton Mour?o a Beijing em maio, na qual, juntamente com o vice-presidente chinês Wang Qishan, compareceu à quinta reuni?o da Comiss?o Sino-Brasileira de Concerta??o e Coopera??o.
Estivallet lembrou ainda a visita do conselheiro de Estado e ministro das rela??es internacionais chinês Wang Yi ao Brasil em julho, que realizou com o chanceler Ernesto Araújo a terceira edi??o do diálogo estratégico global entre o Brasil e a China.
No último sábado (7) o Brasil celebrou 197 anos de sua independência. Desde 1822 o Brasil deixou de ser uma col?nia portuguesa, sendo que o dia 7 de setembro passou também a ser conhecido como o Dia da Pátria.