Aos olhos de alguns observadores ocidentais, os indicadores do Ano Novo Lunar representam um mergulho na economia chinesa, uma vez que as fábricas suspenderam as opera??es e lojas fechadas durante o feriado nacional de sete dias. Alguns especuladores até chamam esses cenários de "crise econ?mica chinesa". Mas a realidade é que o povo chinês está celebrando o Ano Novo Lunar.
Por trás desse humor vem uma pergunta que vale a pena ponderar: por que nenhuma crise econ?mica jamais ocorreu na China ao longo das últimas décadas?
Quando a crise financeira asiática se deslocou quase por toda a regi?o, os pre?os das a??es caíram, as fábricas foram fechadas, e os trabalhadores foram despedidos, em países como Tailandia, Malásia, Singapura, Jap?o e Coreia do Sul.
Quando a crise econ?mica global ocorreu nos EUA em 2008, as grandes economias desenvolvidas, incluindo o Jap?o e a Uni?o Europeia, foram gravemente afetadas. Até hoje, alguns países ainda n?o saíram completamente da sombra da crise.
Enquanto outros países foram prejudicados por crises econ?micas e financeiras regionais ou globais, a China viu sua economia crescer em média 9.5 por cento nos últimos quarenta anos. O país tem contribuído mais de trinta por cento para o crescimento econ?mico global por vários anos seguidos.
O PIB da China aumentou em 174 vezes entre 1952 e 2018. Entre 1979 e 2018, o seu crescimento médio do PIB era 9.4 por cento numa base anual, muito superior à média global em torno de 2.9 por cento no mesmo período.
O país tornou-se o detentor das maiores reservas cambiais. Suas reservas cambiais excederam US$3 trilh?es até o final de 2018, o maior do mundo pelo 13o ano consecutivo.
A economia em expans?o, o aumento da for?a nacional, o mercado amplo e o potencial suficiente garantem que, face aos riscos externos e às crises, a China possa lidar com as circunstancias atemporais e de modo eficaz.
Sem dúvida, a China tem experimentado flutua??es econ?micas sob a influência de crises econ?micas e financeiras internacionais desde a funda??o da República Popular da China há setenta anos.
Houve grandes oscila??es de infla??o ocorrendo em torno de 1988 e 1994, respectivamente, e o risco de fluxos de capital foi elevado de 1991 a 1994 devido às flutua??es das taxas de cambio do yuan. Além disso, as crises financeiras e econ?micas de 1997 e 2008 tiveram um impacto sobre o comércio externo e o setor financeiro da China.
A diferen?a é que a China pode sempre transformar as crises em oportunidades e alcan?ar a sua própria reforma e transforma??o estruturais.
Lian Ping, economista-chefe do Banco de Comunica??es da China, afirmou que foi precisamente devido à introdu??o de reformas de participa??o que, quando a crise financeira de 2008 ocorreu, a indústria bancária chinesa tinha capital suficiente para aumentar o fornecimento de crédito, que, em seguida, aumentou consideravelmente a capacidade global de resistência ao risco da indústria financeira e também lhe permitiu resistir ao impacto desta crise.
Além de responder eficazmente aos riscos externos e ser capaz de transformar crises em oportunidades em tempo útil, a China está constantemente se esfor?ando para desenvolver novos caminhos, se transformar e se atualizar.
A China promove reformas estruturais do lado da oferta para alcan?ar um desenvolvimento econ?mico de alta qualidade. Além disso, as suas políticas de macro-controle fortes e eficazes também desempenham um papel insubstituível na realiza??o de reformas e transforma??es estruturais.
Perante a crise financeira asiática de 1997, a China insistiu que o yuan n?o deveria depreciar. Ao mesmo tempo, tomou medidas ativas como incentivar exporta??es, atrair investimentos estrangeiros e aumentar a demanda interna, para efetivamente cobrir o impacto da crise na economia chinesa.
Em 2008, as liga??es da China com o resto do mundo tornaram-se ainda mais próximas. Perante um maior impacto da crise financeira internacional, a China rapidamente adotou políticas e medidas para aumentar a procura interna e promover o crescimento econ?mico, e respondeu efetivamente através de medidas ativas de macro-controle, como revitaliza??o industrial, expans?o do consumo, apoio financeiro, e estabilizando o emprego.
Ao prevenir e enfrentar riscos e desafios, a China tem continuamente melhorado as suas capacidades e as características chinesas tornaram-se cada vez mais evidentes.
As realiza??es de desenvolvimento da China e a sua iniciativa no processo de preven??o e resposta a crises econ?micas deram um bom exemplo para outros países e acumularam boas experiências em prol da governan?a econ?mica global.
Atualmente, a economia mundial enfrenta uma press?o cada vez mais baixa e o risco de recess?o econ?mica tem aumentado. O Fundo Monetário Internacional reduziu a sua previs?o global de crescimento econ?mico para 3.2 por cento deste ano, o mais baixo nos últimos dez anos.
Como poderia a China manter a linha de fundo de n?o ter crise econ?mica e lidar eficazmente com crises e riscos potenciais?
Peter Wong, diretor Executivo da HSBC, afirmou que é necessário refor?ar o mecanismo de coordena??o da supervis?o financeira transfronteiras para formar um sistema de supervis?o financeira unificado, coordenado e eficiente.
Wong salientou que é igualmente necessário participar na governan?a econ?mica global a um nível mais elevado, promover de forma construtiva as reformas dos domínios econ?micos e financeiros globais e melhorar a capacidade de orientar as expectativas do mercado e aumentar a confian?a no mercado.
Podemos concluir, em geral, toda esta discuss?o com um comentário recente de que "uma China mais aberta se integrará ainda mais no mundo e trará maior progresso e prosperidade tanto para a China como para o mundo em geral” como disse o presidente chinês Xi Jinping na cerim?nia de abertura do segundo Fórum do Cintur?o e Rota para a Coopera??o Internacional.