O progressivo aumento dos ataques violentos contra a polícia de Hong Kong, incluindo um ataque com recurso a uma faca ao pesco?o de um policial, e o arremesso de bombas de fabrico artesanal, levaram os especialistas a argumentar que tais táticas extremas, postas em prática pelos manifestantes no fim de semana, devem ser classificadas de terrorismo pelas autoridades.
Os especialistas encorajaram também a polícia a melhorar e refor?ar a manuten??o da lei, visando tratar de modo “implacável” os manifestantes extremistas.
Kong Wing-cheung, superintendente sénior do setor de rela??es públicas da polícia, disse em uma coletiva de imprensa na sede da polícia de Hong Kong na segunda-feira que 201 pessoas, com idades entre os 14-62, foram detidas entre sexta-feira e domingo, por alegadamente realizarem assembleias ilegais, posse de armas, incendiarismo e uso de máscaras em uma assembleia ilegal.
Durante as assembleias ilegais no fim de semana, 12 policiais foram feridos, incluindo um, vítima de uma facada no pesco?o e dois que sairam com ferimentos na cabe?a, segundo a polícia.
Kong disse que o oficial atacado por uma faca no distrito de Kwun Tong no domingo, tem uma ferida de 3 a 4 centímetros no lado direito do pesco?o, sendo que uma veia e um nervo foram cortados completamente, e apenas mais tarde unidos pelo staff médico.
O superintendente sénior Steve Li Kwai-wah, da reparti??o de Crime Organizado e Tríades, disse aos repórteres na coletiva de imprensa que a polícia irá deliberar sobre a pena do atacante juntamente com o departamento de justi?a. A puni??o máxima poderá ser a pris?o prepétua.
Um aparelho explosivo improvisado de control remoto via celular, rebentou no domingo à noite em Kowloon, sendo o primeiro caso desta índole em Hong Kong, segundo a polícia.
De acordo com declara??es Li Chin-chiu, oficial da reparti??o de explosivos, em coletiva de imprensa na segunda-feira,o explosivo tinha apenas um intuito: matar policiais
Li Chin-chiu mostrou uma imagem de uma explos?o pelas 8 da noite, capturada através de uma camara montada em um veículo, a cerca de 10-15 metros de um grupo de policiais que removiam barricadas na rua Nathan. A explos?o n?o provocou feridos.
Nas imedia??es do local da explos?o foram encontrados materiais para o fabrico destes dispositivos. Tratava-se de uma bomba artesanal controlada via celular, disse Li Chin-chiu, sendo que a explos?o poderia ferir n?o só a polícia mas também civis.
Li Wei, um especialista em contra-terrorismo do Instituto de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China, sediado em Beijing, disse ao jornal Global Times que este caso, de acordo com as normas internacionais, pode ser considerado um ataque terrorista.
“Na instabilidade que dura há meses em Hong Kong, alguns radicais entre os manifestantes tornaram-se extremamente violentos”, disse Li Wei.
“Neste caso, o dispositivo explosivo dos atacantes poderia ter ferido a polícia e civis. Eles pretendem efetivamente criar e espalhar o terror na cidade”.