Legumes cozinhados no restaurante Godly de Shanghai, bolinhos de arroz glutinoso recheados (zongzi) Wufangzhai, presunto de Jinhua, pato à Pequim, entre outros. Todas estas comidas chinesas foram catalogadas na lista de patrim?nio cultural imaterial nacional.
Medicina tradicional chinesa, gravuras chinesas, os 24 termos solares, técnicas de artesenato e carpintaria tradicionais, Opéra de Pequim… Os 40 itens chineses catalogados na lista de patrim?nio cultural imaterial da UNESCO s?o hoje partilhados por toda a humanidade.
O patrim?nio intangível reflete a sabedoria do país e serve de meio difusor cultural no mundo, por via de intercambios e diálogos com outras civiliza??es.
Até setembro de 2019, a China tinha 40 itens catalogados na lista do patrim?nio cultural intangível da UNESCO, ocupando o primeiro lugar do ranking mundial. Entre os itens acima referidos, 32 est?o na lista de patrim?nio humano, 7 na lista de prote??o urgente, e 1 na lista de práticas de excelência.
Em 2001, a UNESCO promulgou em Paris a primeira lista de Obras-primas do Patrim?nio Oral e Imaterial da Humanidade. Entre as 19 obras selecionadas, a ópera de Kunqu da China foi eleita em primeiro lugar com unanimidade de votos.
Dois anos depois, a Conven??o para a Salvaguarda de Patrim?nio Cultural Imaterial foi aprovada na assembleia da UNESCO, contando atualmente com 178 países signatários.
A China, enquanto país membro, assume os seus compromissos com a Conven??o. Desde 2004, quando aderiu, a China tem vindo a melhorar o sistema jurídico e os mecanismos de trabalho, visando proteger o seu patrim?nio cultural, tendo estabelecido um conjunto de sistemas com as características da China em mente.
Em junho de 2005, a China levou a cabo o primeiro levantamento de obras de patrim?nio cultural imaterial em todo o país. Quatro anos depois, as autoridades aferiram um total de 870 mil exemplares.
A cultura e artes de 15 minorias étnicas, como o maqam dos Uigures, o canto gutural dos mongóis e o canto huaer dos Hui est?o incluídos na lista de patrim?nio cultural intangível mundial, perfazendo mais de um ter?o do total do país.
"Reparando Relíquias Culturais na Cidade Proibida", "Grandes Artes?os", "A Medicina Chinesa" , entre outros documentários, apresentam todas as particularidades de alguns exemplares de patrim?nio imaterial da China.
Em 12 de fevereiro de 2018, o presidente Xi Jinping, durante uma visita de inspe??o a Sichuan, dirigiu-se a um stand. Lai Shufang, a responsável e herdeiro de uma forma de patrom?nio imaterial, ofereceu ao presidente um presente – um par de sapatos de fabrico artesanal. Xi disse na ocasi?o: “Gostaria de comprar um par!”. Tratam-se dos sapatos de pano “Tang Chang”. A sua confe??o envolve 32 passos e 100 acabamentos.
O patrim?nio imaterial do país está cada vez mais em voga. Em maio do calendário lunar assistimos às corridas de barcos-drag?o, comem-se zongzi, colocam-se artemísias à entrada das casas, bebe-se licor de realgar, homenageia-se o poeta Quyuan… O festival dos barcos-drag?o, origininário da China, tem uma história de mais de 2000 anos.
A tecnologia é também um dos motores de mudan?a da China, bem como uma fonte de riqueza imaterial no país. O desenvolvimento de tecnologias nas áreas de big data, inteligência artificial, comunica??es móveis, internet, ferrovias de alta velocidade, entre outros, permitiram uma amplia??o nos meios de comunica??o, inspirando uma nova vitalidade no ambito da cultura tradicional do país.
Enquanto representante da cultura tradicional chinesa, o seu patrim?nio imaterial tem sido apresentado em diversos eventos e conferências internacionais, por meio de exibi??es e palestras.
Em junho de 2017, 29 centros culturais chineses no exterior responsabilizaram-se pela realiza??o de mais de 160 eventos. Gravuras tradicionais, espetáculos de ópera de Kunqu, teatro de marionetas - todas estas manifesta??es culturais chinesas têm sido apresentadas defronte de audiências de todo o mundo.