Embora a China e o Brasil sejam distantes, os la?os econ?micos e comerciais bilaterais têm aproximado as duas na??es. Nos últimos anos, o comércio sino-brasileiro tem vindo a ser constantemente aprofundado, produzindo resultados frutíferos. Este compromisso bilateral foi reiterado pelos dois governos, através de agendas reformistas, abertura ao resto do mundo e aposta em vantagens complementares.
Nos últimos anos a qualidade e quantidade do investimento e coopera??o entre a China e o Brasil aumentaram simultaneamente. Em termos de escala, a China é atualmente uma das maiores fontes de investimento do Brasil. A estrutura de investimento no país sul-americano tem sido constantemente otimizada, o que se tem refletido numa maior entrada de investimento externo.
Estatísticas do Ministério da Economia revelam que as empresas com financiamento chinês no Brasil expandiram dos setores iniciais de agricultura e minas para as telecomunica??es, servi?os financeiros e eletricidade.
A coopera??o de investimento China-Brasil expandiu-se também para a economia digital: a Huawei é um parceiro importante da estratégia de cidades inteligentes do Brasil e o AliExpress, por seu turno tornou-se uma das empresas de comércio eletr?nico transfronteiri?o mais populares no país. A Tencent investiu na empresa emergente brasileira Nubank e a Didi entrou com capital na empresa de transporte 99.
Encarando as perspetivas futuras, com o refor?o da estratégia de desenvolvimento dos dois países, o potencial para a coopera??o de investimento entre os dois países é infinito. Oliver Stuenkel, um especialista de rela??es internacionais da Funda??o Vargas, disse que deveremos assistir em breve à participa??o da América Latina na constru??o do “Cintur?o e Rota”.
Nos últimos anos, apesar da situa??o complexa e volátil do comércio internacional, o volume de comércio entre a China e o Brasil tem vindo a aumentar. Em 2018, foi quebrada a barreira dos $100 bilh?es, sendo atingido um novo recorde.
A raz?o fundamental para a expans?o contínua do comércio bilateral entre a China e o Brasil é que as economias dos dois países complementam-se. Por exemplo, os requisitos de prote??o ambiental enfrentados pela indústria de a?o da China têm vindo a escalar, colocando em destaque o ferro produzido pela brasileira Vale, com baixa polui??o e alta qualidade. Este ano, devido ao impacto da peste suína na China, as exporta??es de carne de porco do Brasil para o país asiático aumentaram significativamente.
Na primeira Expo de Importa??o da China, o Grupo JBS assinou uma encomenda de $1,5 bilh?o com as empresas chinesas. A segunda edi??o concedeu também várias oportunidades para as empresas do país sul-americano.
No Brasil, a otimiza??o do ambiente de negócios coincide também com uma fase de abertura promovida pelo governo do país. Li Tie, diretor-geral da BYD Brasil, tem vindo a constatar que o governo brasileiro tem vindo a promover ativamente reformas no sistema de providência, nos regulamentos laborais, e nos impostos. No longo prazo, as perspetivas para a indústria s?o promissoras.
O 11o encontro dos líderes do BRICS terá lugar em Brasília, a capital brasileira. O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do ministério da Economia, Marcos Troyjo, afirmou que o encontro de líderes do BRICS é uma excelente oportunidade para o Brasil aprofundar a coopera??o com a China no ambito negocial, de investimento e finan?as.