
Jorge Chediek, diretor do gabinete das Na??es Unidas para a Coopera??o Sul-sul e enviado do secretário-geral para essa coopera??o
O enviado para a coopera??o sul-sul na ONU disse acreditar que as na??es do BRICS, com uma voz mais forte na reforma da governan?a global, se tornaram um sólido motor para os países em desenvolvimento.
“Os BRICS têm a capacidade de providenciar uma voz forte para o mundo em desenvolvimento”, disse Jorge Chediek, diretor do gabinete das Na??es Unidas para a Coopera??o Sul-sul e enviado do secretário-geral para essa coopera??o.
Ele foi entrevistado pelo China Daily em Nova Iorque poucos dias antes da 11a Cúpula dos BRICS, no Brasil.
Chediek indicou que as economias do Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul, representam juntas cerca de 43% da popula??o mundial, 30% do seu território, 23% do PIB mundial e 18% do comércio global.
“à medida que a sua fatia de poder econ?mico e político a nível mundial continua aumentando, o mesmo acontece com seus interesses coletivos... na forma como os sistemas globais evoluem e se transformam”, disse.
Chediek referiu que a coordena??o de posi??es dos BRICS em várias quest?es socioecon?micas e de seguran?a bem como entreajuda em institui??es multilaterais s?o essenciais para assegurar reformas significativas para um sistema global mais justo e reflexivo sobre as aspira??es e necessidades do mundo em desenvolvimento.
Enquanto bloco de economias em desenvolvimento, as na??es do BRICS est?o comprometidas com o aprofundamento da coopera??o, n?o só entre elas, mas também com o hemisfério sul, disse Chediek.
“A existência do grupo é, em si, um exemplo da coopera??o sul-sul, à medida que os países membros cooperam dentro dos seus parametros, designadamente o benefício mútuo, n?o-interferência e respeito pelas diferentes prioridades nacionais – igualdade e n?o-condicionalismo”, afirmou.
O enviado enfatiza que as na??es do BRICS est?o profundamente focadas na coopera??o sul-sul, triangular, e entre elas próprias. “A China fez contributos notáveis e históricos”, salientou.
“A China incrementou a coopera??o generosa em vários ambitos, com contributos financeiros e técnicos a outros países em desenvolvimento”, informou.
“E através da iniciativa do Cintur?o e Rota, a China, sob a lideran?a do presidente Xi Jinping, prop?s um enquadramento para partilhar com o mundo uma vis?o aberta de desenvolvimento com base na integra??o econ?mica, regida por uma filosofia de benefício mútuo e contactos estreitos entre pessoas”, prosseguiu.
Na cúpula, os líderes das 5 na??es dever?o revelar oportunidades de desenvolvimento de parques e incubadoras tecnológicos, além do treinamento de investigadores.
Prevê-se também que decis?es venham a ser tomadas sobre a coopera??o para conter a corrup??o e combater o terrorismo, desenvolver medicamentos contra a tuberculose, e promover a amamenta??o no combate a doen?as.
“Além disso, o compromisso com o multilateralismo e com o sistema internacional, centrado nas Na??es Unidas, constitui um objetivo comum do grupo, e esperamos verificar uma forte confirma??o nesse sentido”, concluiu.
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