Brasília, 19 dez (Xinhua) -- A economia brasileira apresentou em novembro um saldo positivo na cria??o de empregos formais pelo oitavo mês consecutivo, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo ministério de Economia.
No mês passado foram criados 99.232 empregos formais, resultado de 1.291.837 admiss?es e 1.192.605 demiss?es.
Nos primeiros 11 meses do ano foram criados 948.344 postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado do ano, o país registrou a cria??o de 948.344 vagas com carteira. Em 12 meses, o saldo foi positivo em 605.919 postos de trabalho.
O total de empregos formais no país está em 39,3 milh?es, superior aos 38,7 milh?es registrados em novembro de 2018.
Segundo o ministério, os resultados foram positivos em três setores econ?micos em novembro: comércio, responsável pela gera??o de 106.834 postos; servi?os, com 44.287 novas vagas; e servi?os industriais de utilidade pública, com 419.
Os setores que fecharam vagas foram: indústria de transforma??o (-24.815), agropecuária (-19.161), constru??o civil (-7.390), administra??o pública (-652) e extrativa mineral (-290).
N?o obstante, a economia informal avan?ou pelo 5o ano consecutivo no Brasil, segundo o índice de Economia Subterranea (IES), divulgado pelo Instituto Brasileiro de ética Concorrencial (Etco) e pela Funda??o Getúlio Vargas (FGV).
A chamada "economia subterranea" movimentou 1,12 trilh?o de reais (US$ 280 milh?es) ao longo do ano, o equivalente a 17,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e semelhante ao PIB de países como Suécia e Suí?a.
Segundo as entidades, o aumento é reflexo da crise econ?mica, iniciada em meados de 2014 e que reduziu o mercado de trabalho e a participa??o do setor formal da economia. No mercado de trabalho, a informalidade bateu recorde em outubro, alcan?ando 41,2%.
O IES foi criado em 2003 para medir a chamada economia subterranea, que consiste na produ??o e comercializa??o de bens e servi?os que n?o é reportada oficialmente ao governo, e leva em conta tanto a sonega??o quanto o descumprimento de regulamenta??es trabalhistas e previdenciárias.
Com a nova alta registrada este ano, o indicador é o maior desde 2010, quando a economia informal equivalia a 17,6% do PIB.
Segundo Edson Vismona, presidente do Etco, para reverter esse quadro é necessária uma sólida recupera??o do ambiente econ?mico e a melhora do relacionamento do fisco com o contribuinte, "simplificando procedimentos para os cidad?os que querem pagar seus impostos e autuando duramente os que estruturam sua atividade para sonegar impostos".
No terceiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 0,6% em compara??o com o anterior, segundo dados divulgados no início do mês pelo IBGE. Com isso, no acumulado em 12 meses a alta foi de 1%.