Rio de Janeiro, 21 jan (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou nesta ter?a-feira que se somará ao Acordo sobre Compras Governamentais (GPA, em inglês) para abrir as compras públicas às empresas estrangeiras, como forma de combate à corrup??o, informaram fontes oficiais.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil passará a fazer parte do GPA para permitir um tratamento de igualdade aos estrangeiros interessados em participar das licita??es públicas no país.
"é o acordo pelo qual agora passamos a admitir empresas de fora também para todas as compras que fizermos, um tratamento de igualdade. O Brasil está querendo entrar na primeira liga, na primeira divis?o das melhores práticas. Isto realmente é um ataque frontal à corrup??o", disse Guedes à imprensa durante a Reuni?o Anual 2020 do Fórum Econ?mico Mundial de Davos (FEM), na Suí?a.
O responsável pela economia brasileira destacou que "um tema importante na campanha do presidente Jair Bolsonaro foi acabar com a corrup??o. E nós sabemos que boa parte da corrup??o foi permitida exatamente com coisas do governo: construtoras, obras governamentais, coisas desse tipo".
Guedes n?o informou quando o Brasil se somará oficialmente ao Acordo, que responde à Organiza??o Mundial do Comércio (OMC).
O acordo estabelece uma série de compromissos para os países membros de transparência e acesso aos mercados nacionais de compras públicas. Os países membros têm obriga??o de dar igualdade de tratamento entre as empresas nacionais e estrangeiras na contrata??o para a aquisi??o de bens, servi?os e obras.
O ministro brasileiro destacou que com a ades?o ao grupo, o Brasil passará a receber maiores fluxos de investimentos e se integrará nas cadeias globais de negócios.
"Você tem que saber o que quer, é um trade-off. Se quer ter as melhores práticas, receber os maiores fluxos de investimento e se integrar às cadeias globais de negócios ou se quer continuar sendo o que eu disse durante a campanha eleitoral: 200 milh?es de pessoas, servindo a 6 construtoras, seis bancos", acrescentou Guedes.