Beijing, 4 fev (Xinhua) -- A China pediu na segunda-feira que os países relevantes vejam a epidemia do novo coronavírus de maneira racional e calma e fa?am respostas científicas e ponderadas.
A porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Hua Chunying, fez as declara??es ao comentar sobre o fato de que certos países anunciaram sucessivamente restri??es à entrada de cidad?os chineses. Entre eles, os Estados Unidos elevaram seu nível de aviso de viagem à China ao nível mais alto e baniram temporariamente a entrada de todos os estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias a partir de 2 de fevereiro.
Agindo com um alto senso de responsabilidade com a saúde das pessoas, o governo chinês vem tomando as medidas mais abrangentes e rigorosas de preven??o e controle após o surto da epidemia, muitas delas muito além do exigido pelo Regulamento Sanitário Internacional, disse Hua.
Hua citou o diretor-geral da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse que a China está estabelecendo um novo padr?o para a resposta a surtos. No mesmo discurso, ele disse explicitamente que a declara??o de uma emergência de saúde pública de importancia internacional n?o significa uma desconfian?a pela China. Pelo contrário, a OMS continua tendo confian?a no país asiático para controlar a epidemia e n?o há raz?o para tomar medidas desnecessárias que restrinjam viagens e comércio internacionais.
Observando que a maioria dos países aprecia e apoia os esfor?os da China para combater o novo coronavírus, Hua disse que a China os entende e respeita quando adotam ou intensificam as medidas de quarentena nas entradas de fronteiras. "Entretanto, alguns países, em particular os Estados Unidos, reagiram inadequadamente, o que certamente contraria os conselhos da OMS."
"O governo dos Estados Unidos n?o nos forneceu nenhuma assistência substancial, mas foi o primeiro a retirar o pessoal de seu consulado em Wuhan, o primeiro a sugerir a retirada parcial do pessoal da embaixada e o primeiro a impor uma proibi??o abrangente de viagens dos viajantes chineses. (As a??es dos Estados Unidos) só podem criar e espalhar medo, dando um mau exemplo para os outros", disse a porta-voz.
Hua disse que mesmo a mídia e especialistas dos Estados Unidos duvidam da decis?o do governo. Eles disseram que as restri??es do governo dos Estados Unidos à China s?o exatamente o que a OMS rejeita e que os Estados Unidos est?o passando do excesso de confian?a para medo e rea??o exagerada e que a proibi??o da entrada de estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias é suspeita de infringir os direitos civis, em vez de reduzir os riscos de propaga??o de vírus, de acordo com Hua.
A porta-voz chinesa citou um relatório recente dos Centros de Controle e Preven??o de Doen?as dos Estados Unidos, dizendo que a gripe da temporada 2019-2020 causou 19 milh?es de casos de infec??o e pelo menos 10 mil mortes nos Estados Unidos. Em contraste, até 2 de fevereiro, 17.205 casos de nova infec??o por coronavírus (2019-nCoV) foram confirmados na China, com 361 mortes e 475 curados, enquanto há apenas 11 casos confirmados nos Estados Unidos.
"O contraste é instigante", disse Hua.
Ela indicou que o ministro da Saúde do Canadá disse que o país n?o seguiria os Estados Unidos para impor restri??es de viagem a cidad?os chineses ou estrangeiros que estiveram na China e disse que isso foi infundado. "é um forte contraste com o comportamento dos Estados Unidos", disse Hua.
Observando que os destinos de todos os países est?o estreitamente ligados em um mundo globalizado, Hua disse que diante de uma crise de saúde pública os países devem trabalhar em conjunto para superar as dificuldades, em vez de recorrer a uma política conduzida à custa do enfraquecimento econ?mico de outros países, muito menos tirar proveito das dificuldades dos outros.
Segundo Hua, desde 3 de janeiro, o lado chinês notificou 30 vezes os Estados Unidos da epidemia e das medidas de controle da China. O Centro Chinês de Controle e Preven??o de Desastres e os Centros de Controle e Preven??o de Doen?as dos Estados Unidos fizeram várias rodadas de comunica??es sobre o surto. Em 29 de janeiro, a Comiss?o Nacional de Saúde da China (CNSC) respondeu por meio de um canal oficial ao lado dos Estados Unidos que a China os recebe para participar de um grupo conjunto de especialistas da OMS. Os Estados Unidos agradeceram isso à China no mesmo dia. Em 31 de janeiro, os Estados Unidos disseram à CNSC que entraram em contato com a sede da OMS e apresentaram uma lista de especialistas dos Estados Unidos que desejam ingressar no grupo.
"Esperamos que os países relevantes fa?am julgamentos e respostas razoáveis, calmos e baseadas em fatos", disse a porta-voz, acrescentando que a China aumentará a coopera??o com a OMS e a comunidade internacional de maneira aberta, transparente e altamente responsável.
"Temos a confian?a e a capacidade de vencer essa batalha o mais rápido possível", disse ela.