
Oficiais militares usando máscaras d?o servi?o em frente a Catedral de Duomo, fechada pelas autoridades devido ao surto do novo coronavírus, em Mil?o, Itália, na segunda-feira. Flavio Lo Scalzo/Reuters
A Itália, no centro das aten??es, enquanto pontos de controle nas cidades est?o em quarentena, destaca os riscos.
Com o novo coronavírus tomando uma extens?o global, oficiais na Europa est?o agora lutando para limitar a propaga??o de um surto que representa novas amea?as muito além de seu epicentro.
A Itália está tentando conter o pior surto do vírus na Europa, com mais de 280 pessoas confirmadas com a pneumonia e sete mortes a partir de ter?a-feira (25). A maior parte dos casos se concentra nas regi?es norte de Lombardia, que incluem as capitais financeiras Mil?o e Veneto.
O surto repentino da doen?a no fim de semana provocou alarme em Mil?o, trazendo uma notável queda no número de pessoas em lugares públicos e levando os compradores a correr para supermercados para estocar o básico.
A catedral de Mil?o foi fechada aos visitantes e o Carnaval de Veneza, uma das maiores atra??es turísticas do mundo, fechada pela primeira vez em décadas. A polícia tem postos de controle em torno de uma dúzia de cidades do norte em quarentena, uma vez que as preocupa??es cresceram em todo o continente, enquanto os próximos jogos de futebol na Liga A da Itália e a Liga Europa ser?o jogados atrás de portas fechadas.
Além da Itália, a Alemanha, o Reino Unido, a Fran?a, a Espanha, a Bélgica, a Suécia e a Finlandia comunicaram casos confirmados da infec??o causada pelo novo coronavírus (COVID-19).
As autoridades britanicas na ter?a-feira (25) informaram aos seus cidad?os que visitaram o norte da Itália para se auto-isolarem se tivessem sintomas semelhantes ao da gripe. A áustria disse que suspendeu temporariamente o tráfego ferroviário através da sua fronteira com a Itália. A Eslovênia e a Croácia, pontos populares de fuga para os italianos, estavam a realizar reuni?es de crise.
Embora grande parte do surto tenha sido confinado ao norte da Itália, havia sinais de que poderia se espalhar.
Autoridades da cidade Siciliana de Palermo afirmaram na ter?a-feira que um turista do norte de Bergamo tinha sido testado positivo e foi colocado em quarentena aguardando testes adicionais.
“Estes desenvolvimentos rápidos ao longo do fim-de-semana demonstraram a rapidez com que esta situa??o pode mudar”, disse em Bruxelas a Comissária responsável pela saúde da Uni?o Europeia, Stella Kyriakides.
"Temos de tratar esta situa??o muito seriamente, claro, mas n?o devemos ceder ao panico e, mais importante ainda, à desinforma??o."
Numa entrevista na ter?a-feira, a vice-ministra da economia da Itália, Laura Castelli, afirmou que o país pode precisar de apelar à Uni?o Europeia para que ofere?a margem de manobra aos seus objetivos or?amentais, uma vez que luta com o impacto do surto numa economia já à beira da recess?o.
Os comentários vieram um dia após o primeiro-ministro Italiano Giuseppe Conte ter avisado que o resultado do surto, até agora concentrado nas potências econ?micas do norte da Itália, seria "muito forte".
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