Por Beatriz Cunha e Renato Lu

Face ao surto de pneumonia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), muitos países vêm enfrentando o desafio de manter a popula??o segura de sua contamina??o. A China, ao constatar a ocorrência do vírus e seus malefícios, alertou o mundo sobre sua ocorrência e tomou medidas um pouco radicais aos olhos estrangeiros.

O país asiático abdicou de rituais da sua cultura, fechando parques e cancelando as celebra??es do Festival da Primavera, dentre outras medidas para conter o vírus. Para entender os desafios emergentes do coronavírus, o Diário do Povo Online entrevistou Ronnie Lins, diretor do Centro China-Brasil: Pesquisa e Negócios (CCB).

Ronnie Lins avaliou positivamente as a??es de combate ao vírus adotadas pela China. Ele afirmou que o país “tomou medidas rápidas e eficientes para combater esse terrível inimigo”.

O diretor do CCB destacou o discurso proferido pelo presidente Xi, que conclamou o sentimento patriótico aos chineses, convidando todos a lutar bravamente para vencer essa batalha.

Ronnie lembrou da minimiza??o da dissemina??o do contágio, através da interrup??o de grandes eventos festivos e dos deslocamentos das pessoas para outras províncias e para o exterior. Assim como da cria??o de novas instala??es hospitalares e a transforma??o de outros hospitais já em funcionamento para a dedica??o integral do tratamento dessa epidemia.

A transferência imediata de casos suspeitos para instala??es de quarentena, e de efetivos militares médicos para as áreas críticas do combate ao vírus foram outras medidas importantes mencionadas pelo diretor.

Ele citou ainda a “cria??o de um grupo de alto nível de cientistas, acostumados a trabalhar no sequenciamento de genomas para rapidamente chegar a solu??es médicas para o tratamento contra esse vírus.”

Ronnie lembrou que, embora haja casos confirmados de contágio em muitos países no mundo, a maneira como cada país atuará para combater o vírus, dependerá das características intrínsecas de cada um deles.

E lembrou que “as orienta??es médicas de cada país quanto ao combate epidemiológico, os recursos médicos e financeiros disponíveis, as legisla??es videntes, dentre outras características” dever?o ser levadas em conta.

Ronnie enfatizou que neste momento, em que ainda n?o há medicamento definitivo para aniquilar a doen?a, as medidas de combate devem ser estabelecidas por cada país com a orienta??o da Organiza??o Mundial de Saúde.

A respeito de alguns casos de discrimina??o contra chineses, ocorridos em alguns lugares do mundo, Ronnie Lins afirmou que qualquer tipo de discrimina??o é condenável, especialmente tratando-se de assuntos relacionados à saúde.

Ele lembrou que o “Brasil é reconhecidamente o país do mundo, que possuiu uma popula??o mais variada do mundo, e até por isso, disp?e de imensa riqueza cultural.” E n?o vê sentido para que ocorram discrimina??es tanto no Brasil como em qualquer outro país.

Ronnie Lins afirmou que “a solidariedade e a uni?o de todos s?o as principais armas para que possamos derrotar esse inimigo global”. E foi enfático: “Se lutarmos juntos, nossa vitória estará próxima”.