Lojas encerradas, ruas vazias, apenas algumas pessoas circulam apressadamente nas ruas. S?o Paulo, a cidade maior da América do Sul, com mais de 12 milh?es de pessoas está completamente silenciosa.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil tem já 1546 casos de coronavírus e 25 mortes, sendo que a maioria dos casos se concentra em S?o Paulo.

No dia 21 havia sido anunciado que, com início no dia 24 de mar?o até 7 de abril, um total de 645 cidades do estado de S?o Paulo seriam colocadas em quarentena, com encerramento de comércio e restaurantes, ficando operacionais apenas os servi?os essenciais além da saúde e seguran?a. O governo estadual disse ainda que a quarentena poderia ser ampliada.

As novas medidas já come?aram a ter impacto na vida dos paulistanos: “A nossa família mudou o estilo de vida. Para evitar o contágio, já n?o visito mais a minha avó”, afirma um estudante, explicando que agora vai ao supermercado apenas para comprar o indispensável.

Em S?o Paulo atual, o supermercado é mesmo o local mais agitado da cidade. Os funcionários trabalham incansavelmente para repor todos os estoques. Em termos gerais a popula??o tem colaborado, evitando o a?ambarcamento. Os caixas, embora n?o usando máscara, desinfetam constantemente as m?os.

O primeiro caso do novo coronavírus no Brasil foi detetado em S?o Paulo no dia 26 de fevereiro, sendo que o paciente havia regressado da Itália. Este foi, n?o só o primeiro caso do Brasil, mas da América do Sul.

Desde meados de mar?o, o estado de S?o Paulo tem vindo a tomar várias medidas para conter a dispers?o da epidemia, incluindo a suspens?o de aulas, autoriza??o aos funcionários públicos com mais de 60 anos para trabalhar de casa, encerramento de museus, teatros, bibliotecas, academias, centros comerciais. Foram também reduzidas as restri??es ao uso de automóveis privados e restringido o uso dos transportes públicos. A cidade de S?o Paulo anunciou ainda o encerramento de todas as lojas n?o essenciais na cidade. Concomitantemente, a cidade come?ou a transformar escolas em alas médicas para aumentar a capacidade de admiss?es.

O Brasil anunciou que o país havia entrado em estado de calamidade pública, e passou a restringir a entrada de cidad?os de alguns países com uma situa??o severe com início hoje, dia 23.

O segundo estado mais afetado é o Rio de Janeiro, onde medidas semelhantes às adotadas em S?o Paulo entraram em vigor.

No dia 21 foi requisitado ao Ministério da Defesa para enviar tropas para assistir no patrulhamento da cidade do Rio de Janeiro e persuadir as pessoas a voltar a casa. No mesmo dia, foi incentivado aos supermercados a fazerem entregas domiciliares, dando prioridade aos cidad?os mais velhos. Os idosos de comunidades pobres est?o sendo organizados para serem isolados em hotéis específicos.

De modo a reduzir a press?o sobre os hospitais públicos, o Rio de Janeiro está adaptando o Riocentro para a instala??o de 500 leitos, o qual deverá estar pronto em 1 mês.