Após publica??o do Deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, na quarta-feira (18) culpabilizando a China pela pandemia do Covid-19, Eduardo e Yang Wanming trocaram acusa??es e o governo brasileiro foi envolvido no que se chamou crise diplomática.
O presidente brasileiro minimizou a fala de Eduardo, enfatizando que se tratava de uma manifesta??o de um parlamentar. E disse que “escuta falar há dois meses que o vírus nasceu na China”.
Jair Bolsonaro defendeu que n?o ofendeu o governo chinês e, portanto, n?o tem do que se desculpar.
O presidente brasileiro enfatizou que “esse assunto é página virada. N?o temos problemas com a China.” E mencionou ter conversado com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina sobre o assunto, que confirmou que a rela??o do Brasil com a China é de amizade e respeito.
Hamilton Mour?o, vice-presidente do Brasil, também se posicionou sobre o ocorrido. Ele disse que “Eduardo Bolsonaro é um deputado. Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha n?o era problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele n?o representa o governo”
Mour?o enfatizou que “n?o é a opini?o do governo. Ele tem algum cargo no governo?”, questionou.
O chanceler Ernesto Araújo afirmou que Eduardo n?o ofendeu o Chefe de Estado chinês e acrescentou que as palavras de Eduardo Bolsonaro “n?o refletem a posi??o do governo brasileiro”.
O chanceler brasileiro cobrou pedido de desculpas ao Chefe de Estado brasileiro por parte do embaixador Yang Wanming, que segundo ele, teve uma rea??o “desproporcional e feriu a boa prática diplomática”.
O incidente diplomático causado por Eduardo Bolsonaro resultou em pedidos de desculpas do presidente da Camara, Rodrigo Maia e do presidente do Congresso Nacional brasileiro Davi Alcolumbre.
Maia considerou a publica??o de Eduardo como “palavras irrefletidas”, e Alcolumbre, diagnosticado com o novo coronavírus, enviou carta na quinta-feira (19) ao presidente chinês, Xi Jinping.
Na carta, redigida pelo vice-presidente do Senado Federal, Antonio Anastacia, Davi Alcolumbre manifestou “respeito e solidariedade ao povo chinês, em especial quando, TODOS, indistintamente, devemos estar juntos num único e definitivo combate.”