O vice-presidente brasileiro Hamilton Mour?o, durante uma conferência de imprensa no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Brasil, 15 de julho de 2020. O governo do Brasil criou a opera??o da Garantia da Lei e da Ordem executada pelas For?as Armadas na regi?o amaz?nica até o final do mandato do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, 31 de dezembro de 2022, afirmou Mour?o. (Xinhua / Lucio Tavora)
O governo do Brasil deve manter a opera??o da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) executada pelas For?as Armadas na regi?o amaz?nica até o final do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 31 de dezembro de 2022, afirmou o vice-presidente Hamilton Mour?o.
"A opera??o é uma medida urgente, mas n?o é um esfor?o isolado. Temos o planejamento para manter a GLO, se necessário, até o final do atual mandato Presidencial, em dia 31 de dezembro de 2022", disse Mour?o na abertura de uma reuni?o do Conselho da Amaz?nia, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério de Rela??es Exteriores, na cidade de Brasília.
No encontro do conselho, participaram também os ministros brasileiros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Agricultura, Tereza Cristina e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
"As a??es est?o sendo ampliadas para evitar as queimadas durante o ver?o amaz?nico, que já come?ou e se estende até setembro", disse Mour?o.
A primeira vers?o da opera??o GLO foi executada em agosto do ano passado, em resposta ao alto número de incêndios, em a??es que duraram em um primeiro momento 60 dias.
Em fevereiro de 2019, o governo anunciou a cria??o do Conselho da Amaz?nia, presidido por Mour?o, e em maio a Opera??o Brasil Verde 2, para combater o desmatamento ilegal.
Mour?o apontou estas a??es no relatório de dados do Instituto Nacional de Investiga??es Espaciais (INPE), sem deixar dúvidas sobre a retomada do desmatamento na Amaz?nia a partir de 2012, com um aumento significativo em 2019.
"Como se n?o bastasse o prejuízo natural brasileiro, os crimes ambientais deixam nosso país vulnerável a campanhas difamatórias, abrindo caminho para que interesses protecionistas levantem barreiras comerciais injustificáveis contra a exporta??es do agronegócio", ressaltou.
Mour?o comentou os dados do Sistema de Detec??o de Desmatamento em Tempo Real (Deter) divulgados recentemente pelo INPE, segundo os quais houve um registro recorde nos alertas de desmatamento.
O vice-presidente reiterou que o Brasil vive um "momento de press?o" devido aos incêndios e o desmatamento na regi?o amaz?nica.
De acordo com o Deter, a Amaz?nia brasileira registrou 1.034,4 quil?metros de superfície, abaixo do alerta de desmatamento em junho do ano passado, um recorde para a série histórica iniciada em 2015.
Na primeira metade do ano, os alertas indicam devasta??o em 3.069,57 quil?metros quadrados, um aumento de 25 por cento em compara??o à primeira metade de 2019.