O jornal The New York Times publicou no dia 22 de julho o artigo intitulado “Meus parentes em Wuhan sobreviveram, mas meu tio em Nova Iorque faleceu”.
O autor, reitor da Universidade Médica da Capital e biologista chinês, Rao Yi, apresentou a trajetória de vida da sua família. Em torno dos anos 1950, seu tio foi viver nos Estados Unidos, enquanto seu pai continuou na parte continental da China estudando medicina. Atraídos pelos aspetos avan?ados dos Estados Unidos, Rao Yi e seu pai estudaram no país e o biologista se tornou cidad?o estadunidense nos anos 1990. A família considerou o país ocidental como uma melhor escolha. Porém, após os ataques de 11 de setembro, Rao Yi come?ou a duvidar do status de “farol da democracia” e, em 2011, optou por abandonar a nacionalidade norte-americana.
Rao Yi afirmou que todos seus parentes em Wuhan sobreviveram à epidemia s?os e salvos, mas seu tio Rao Houhua, que morava no Queens, Nova Iorque, foi morto por Covid-19. Segundo o biologista, os Estados Unidos tinham a oportunidade de diminuir a taxa de infec??o e de mortalidade, assim como aproveitar as experiências da China no combate à doen?a. Contudo, o país ocidental n?o fez nada.
De acordo com o biologista chinês, nos últimos dez dias de vida do tio, ele foi diagnosticado como incurável e depois abandonado pelo hospital em Nova Iorque. Retiraram seu ventilador pulmonar para o uso de outros pacientes.
Rao Yi afirmou no fim do artigo que, se o tio tivesse morando em Wuhan, ele tinha sido curado. Hoje em dia, os Estados Unidos já n?o s?o uma boa escolha, escreveu.