O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, publicou uma entrevista no jornal brasileiro O Globo na quarta-feira (29), amea?ando que caso a tecnologia 5G da Huawei seja usada no país latino-americano, isso terá "consequências" para a Huawei.

O repórter perguntou a Chapman se os Estados Unidos iriam retaliar o Brasil caso o país escolha a Huawei para construir uma rede 5G de nova gera??o. Chapman respondeu: "N?o estou falando de vingan?a, mas das consequências".

Chapman explicou que a "consequência" pode ser econ?mica. Ele disse: "Quando você investe, verá onde pode investir." "Nossa economia é baseada em servi?os, e a maior exporta??o dos EUA é apenas direito de propriedade, que precisa ser protegido".

O embaixador dos EUA também disse que a posi??o dos EUA é soar o alarme para "aliados como o Brasil". Chapman acrescentou: “Para os países que compram produtos de fornecedores confiáveis, os Estados Unidos se preparar?o para financiar projetos de constru??o 5G por meio da Corpora??o Internacional de Financiamento de Desenvolvimento de Infraestrutura (IDFC).”

Antes, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, disse em entrevista exclusiva a Monica Gugliano, renomada repórter do "Valor Econ?mico" brasileiro, que a coopera??o China-Brasil em ciência e tecnologia tem vantagens complementares óbvias e grande potencial. Especialmente durante a epidemia, a economia digital dos dois países, o comércio eletr?nico e as compras online e outras empresas emergentes alcan?aram um desenvolvimento vigoroso.

Os dois lados devem manter trocas estreitas, explorar ativamente a coopera??o em áreas emergentes, como economia on-line, Internet das Coisas, inteligência artificial, cidades inteligentes e biotecnologia, e usar a coopera??o em inova??o tecnológica para aprimorar o nível de coopera??o entre a China e o Brasil, afirmou Wanming.

A tecnologia 5G é um pilar importante que lidera uma nova rodada de revolu??o industrial e a base para o desenvolvimento de uma economia digital e espera-se que a China e o Brasil n?o percam essa oportunidade, enfatizou o embaixador chinês.

Em resposta às acusa??es americanas de que a tecnologia 5G da Huawei representa uma amea?a à seguran?a nacional, recomenda-se que o Brasil e outros países considerem cuidadosamente a coopera??o com a Huawei. Wang destacou que a Huawei é o maior fornecedor mundial de equipamentos de comunica??o com opera??es em mais de 170 países e regi?es e atende a mais de um ter?o da popula??o do mundo, tendo recebido mais de 90 contratos comerciais 5G e sempre manteve um bom registro de seguran?a.

Yang Wanming lembrou que desde que entrou no mercado brasileiro, há mais de 20 anos, a Huawei foi aprovada por unanimidade pelo governo brasileiro, associa??es industriais e operadoras. As acusa??es feitas por políticos americanos contra a Huawei s?o infundadas: elas n?o podem fornecer evidências dos problemas de seguran?a da Huawei nem dizer qual lei chinesa faria a tecnologia da Huawei amea?ar a seguran?a nacional porque n?o existe tal lei.

Os EUA continuam a fabricar rumores e ideologizar quest?es comerciais e técnicas com o objetivo de suprimir empresas chinesas de alta tecnologia e impedir que a China consiga uma posi??o de lideran?a no campo de alta tecnologia. Essa abordagem só prejudicará a coopera??o internacional normal no campo da tecnologia de comunica??o, incluindo 5G, e vai contra a retórica de proteger a seguran?a da rede, disse Yang Wanming.

Yang Wanming enfatizou que a China n?o pressionará nenhum país e n?o interferirá na escolha de parceiros 5G de nenhum país. No entanto, a China se op?e ao uso de meios administrativos para interferir na participa??o das empresas chinesas na coopera??o internacional normal e na concorrência no mercado. Se a Huawei vence uma licita??o, isso n?o é importante, pois o país em quest?o pode fornecer a todas as empresas regras de mercado e ambiente de negócios abertos, justos e n?o discriminatórios.