A China pede que a comunidade internacional rejeite a interferência hegem?nica dos Estados Unidos na coopera??o 5G de outros países e defenda um ambiente de negócios justo, equitativo, aberto e n?o discriminatório.
De acordo com a imprensa, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou com o ministro das Rela??es Exteriores da Eslovênia uma declara??o conjunta sobre a seguran?a 5G durante sua visita ao país. Anteriormente, na República Tcheca, ele também falou sobre os esfor?os conjuntos para construir uma rede limpa.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Zhao Lijian, disse sexta-feira em uma coletiva de imprensa que é absurdo que, como secretário de Estado de um país com indícios de crimes cibernéticos por toda parte, Pompeo tenha a audácia de propor a constru??o de uma "rede limpa".
"Agora que a chamada 'rede limpa' parece ser a express?o preferida de Pompeo, talvez ele devesse nos explicar, por que a figura obscura dos Estados Unidos pode ser encontrada nas atividades de espionagem cibernética do PRISM, do Equation Group e do ECHELON? Por que é que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos fazem uma vigilancia 24/7 nos telefones celulares e computadores em todo o mundo, inclusive interceptando os líderes dos aliados do país há mais de uma década? Este é aparentemente o modus operandi de um Estado hacker", enfatizou Zhao.
A argumenta??o dos EUA de "proteger a privacidade e as liberdades individuais da popula??o" nada mais é do que um pretexto de alta repercuss?o, disse Zhao, acrescentando que, desde a interven??o em outros países sobre a implementa??o do 5G até a coa??o aberta dos aliados para excluir a Huawei, certos políticos dos EUA s?o desprovidos de escrúpulos ao recorrer ao poder estatal, contanto que isso impe?a as empresas chinesas de obterem vantagem na implanta??o do 5G.
"Receio que o que eles têm em mente n?o é uma 'rede limpa', mas uma 'rede americana'; n?o uma 'rede 5G segura', mas uma 'rede de vigilancia dos EUA'; n?o a prote??o de 'privacidade e liberdades' do indivíduo, mas a consolida??o de uma 'hegemonia digital' dos Estados Unidos", destacou Zhao.
"Acreditamos que o mundo pode ver certos políticos americanos como realmente s?o, assim como rejeitar a interferência hegem?nica dos EUA na coopera??o 5G de outros países, e manter um ambiente de negócios justo, equitativo, aberto e n?o discriminatório".
Segundo o porta-voz, em uma era de globaliza??o, o desenvolvimento do 5G deve seguir o conceito de consultas internacionais, contribui??o conjunta e benefícios compartilhados, sendo que politizar quest?es relevantes ou gerar cliques n?o será conducente ao progresso do 5G.
"Tais práticas v?o contra o princípio de concorrência leal e os interesses comuns da comunidade internacional", acrescentou.