Cui Tiankai, embaixador chinês nos Estados Unidos, discursa no 15o aniversário e gala do Ano Novo Lunar chinês da Camara Geral de Comércio China-EUA em Nova York, Estados Unidos, em 8 de janeiro de 2020. (Xinhua/Wang Ying)
Washington, 19 ago (Xinhua) -- O mundo pós-pandemia pode oferecer "uma boa oportunidade" para a China e os Estados Unidos refor?arem a coopera??o na política macroecon?mica internacional e na reforma da governan?a global, disse o embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai.
"Será um mundo muito diferente. O progresso tecnológico e outros fatores levar?o à reestrutura??o da economia global e da cadeia de suprimentos", disse Cui em um discurso em um webinar sobre as quest?es relacionadas às rela??es China-EUA a convite de John R. Allen, presidente da Brookings Institution, em 13 de agosto.
"Haverá até algumas mudan?as na filosofia econ?mica norteadora, e maior prioridade será dada a quest?es sociais como saúde pública e doen?as contagiosas", disse. "Uma nova situa??o necessita uma melhor coordena??o de políticas macroecon?micas internacionais e uma reforma do sistema de governan?a global, especialmente nos setores sociais como a saúde pública."
"Diante dessa grande tarefa e desafio severo, a China e os Estados Unidos devem fazer a escolha certa, com base no entendimento e no respeito mútuos, desempenhar um papel positivo para uma ordem mundial 'pós-pandemia' e um sistema de governan?a global, e construir uma rela??o mais voltada para o futuro, mais forte e mais estável entre nossos dois grandes países", disse ele.
A China tem sido um participante ativo, apoiador e contribuidor do atual sistema internacional, destacou o embaixador, acrescentando que, enquanto isso, como um grande país com uma civiliza??o antiga, a integra??o da China "inevitavelmente traria mudan?as no sistema internacional, que precisa fazer os ajustes necessários".
"Isso é lógico e natural, como uma espécie de rea??o química. No entanto, nossa inten??o n?o é fazer uma revolu??o ou iniciar um sistema totalmente novo. Embora a China esteja tentando se integrar e se adaptar ao sistema internacional, esperamos que o sistema possa fazer as reformas necessárias à luz das circunstancias mutantes", disse ele.
"Os Estados Unidos estar?o prontos para trabalhar com a China e outros países para garantir que a ordem internacional e o sistema global atendam às necessidades de toda a comunidade internacional e resolvam os diversos riscos e desafios globais?", disse ele.
"Ou, em vez disso, os EUA permanecer?o obcecados com o jogo de soma zero e a competi??o entre grandes potências, deixar?o a situa??o sair do controle e cair na 'Armadilha de Tucídides'? Esta é uma escolha fundamental que os Estados Unidos têm que fazer", disse ele.