"O que vale a pena lembrar sobre a coopera??o EUA-China no combate à agress?o japonesa na Segunda Guerra Mundial é que, na época, os interesses dos EUA e da China diferiam, mas ainda assim cooperaram, unidos por um inimigo comum", disse o renomado intelectual público americano Robert Lawrence Kuhn.
Kuhn fez as observa??es à Xinhua ao responder a uma pergunta sobre o 75o aniversário da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japonesa e a Guerra Mundial Antifascista.
"Para a China, a batalha em solo chinês era existencial: seu país invadido, parcialmente ocupado, e sofrendo horrores indescritíveis. Para os EUA, a batalha em solo chinês estava desviando for?as e recursos japoneses, reduzindo a capacidade do Jap?o de travar uma guerra contra a América e os interesses americanos em todo o teatro do Pacífico", disse Kuhn.
"é um momento propício para refletir sobre o passado, a fim de entender melhor o presente e planejar melhor o futuro", acrescentou.
"Tal reflex?o parece especialmente relevante hoje porque, infelizmente, os EUA e a China, as duas maiores economias do mundo, mudaram... de colaboradores a concorrentes, e alguns agora chamam os EUA e a China de adversários; descendendo a um jogo hostil, perigoso, de soma zero", acrescentou o especialista.
"Se os inimigos comuns s?o o que precisamos, os EUA e a China têm inimigos comuns em abundancia. Eles n?o s?o soldados marchando, mas s?o t?o perigosos e mortais: pandemias, mudan?as climáticas, pobreza mundial, desigualdades mundiais, terrorismo, crime organizado, guerras e amea?as de guerra em vários locais", disse Kuhn.
"Dito isso, levando em conta as li??es a serem aprendidas com a história, também acredito, em uma posi??o contrária, que as li??es da história têm valor limitado hoje", disse ele.
"Nossa época é única. Por várias raz?es, especialmente a comunica??o global instantanea, nossas condi??es geopolíticas s?o sui generis -- únicas, nunca aconteceram antes -- o que nos pede uma pausa para refletir antes de reagirmos", disse Kuhn.
"O fardo cabe a nós, especialmente à lideran?a nos EUA e na China, encontrar o caminho certo para que os grandes países e os povos possam caminhar em paz e harmonia, com honestidade, dignidade e respeito mútuo", disse.