Ji Ping
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou recentemente que todo o mundo deseja ser aliado dos EUA. A realidade é que o mundo inteiro n?o deseja ser aliado dos EUA, mas Pompeo deseja assumir o papel de “l(fā)íder”, onde os “aliados” agem como fantoches de acordo com a sua vontade.
Os responsáveis da diplomacia americana viajaram recentemente por todo mundo, sem poupar esfor?os, para coagir outros países a escolher lados e criar a alegada "alian?a anti-China". Para esmagar a Huawei, Pompeo viajou pela Europa, usando táticas de coer??o e, simultaneamente, prometendo benefícios aos países que se juntassem à trama. Como o “Washington Post” afirmou recentemente, a fim de concretizar suas ambi??es políticas, Pompeo n?o hesitou em manipular a política externa dos EUA.
Na Europa, a press?o constante dos EUA sobre os seus aliados para aumentar os gastos militares, a fim de dali retirar um elevado número de tropas, obrigou os líderes da Alemanha e da Fran?a a questionar abertamente o que os EUA consideram como “aliados”. A fim de pressionar a UE e assim obter contrapartidas, os EUA intensificaram continuamente a sua guerra comercial com a Europa, impuseram tarifas às importa??es de vinho europeu e amea?aram fazer o mesmo com os automóveis, o que afetaria gravemente a economia europeia. Os EUA se esfor?aram para evitar que a UE se aproximasse da Rússia, tentando bloquear o projeto “North Stream 2” da Rússia com a Alemanha, através da imposi??o de numerosas san??es.
No Oriente Médio, os EUA abandonaram o acordo nuclear iraniano e solicitaram abertamente ao Conselho de Seguran?a da ONU a extens?o do embargo de armas ao Ir?. Após ser vetado por um elevado número de votos, os EUA anunciaram inesperadamente que “ativariam o rápido restabelecimento das san??es contra o Ir?”.
A interferência de Pompeo chegou até à América Latina. Recentemente, Pompeo fez uma "visita relampago" aos quatro países vizinhos da Venezuela: Brasil, Guiana, Suriname e Col?mbia. O "tema especial" da visita foi pressionar esses países a apoiar os Estados Unidos, obrigando os quatro a usarem sua localiza??o adjacente à Venezuela para construir um cerco contra aquele país, atuando como vanguarda para derrubar o governo legítimo venezuelano. As palavras e atos de Pompeo imediatamente geraram forte oposi??o de muitos dignitários e políticos brasileiros.
Este modelo de "diplomacia coercitiva", juntamente com a "diplomacia sancionatória" e a "diplomacia intimidatória", formam o conjunto da "diplomacia de hegemonia" americana representada por Pompeo. O país insiste em impor san??es cruéis de longo prazo contra países em desenvolvimento como Cuba, Ir? e Venezuela. O súbito surto da epidemia piorou a situa??o nesses países. A comunidade internacional exorta veementemente os Estados Unidos a suspender as san??es para ajudar a combater a epidemia e salvar pessoas, mas Pompeo, que sempre se considerou um "defensor dos direitos humanos", decidiu continuar a pressioná-los, com o intuito de “usar a epidemia para matar pessoas”.
Na ocasi?o em que a ONU celebrou o 75o aniversário da sua funda??o, os Estados Unidos tiraram abusivamente proveito desta plataforma para pressionar outros países a contrariar a China.
Pompeo considera a "Carta da ONU" uma folha de papel em branco e o pódio da ONU um lugar privado. Os EUA influenciaram repetidamente muitos Estados membros e encenaram até um escandalo "inútil" por sete minutos na Conferência do 75o Aniversário da ONU. Nas Na??es Unidas, os Estados Unidos pretendem apenas privilégios, alheios ao cumprimento de suas obriga??es. O país tem dívidas de longo prazo e se esquivou de suas responsabilidades de manuten??o da paz, fazendo com que a organiza??o quase deixasse de poder operar. Para encobrir sua incapacidade de controlar a propaga??o da epidemia, Pompeo e outros políticos n?o somente procuraram estigmatizar e desacreditar a China, como também dificultaram as coisas à OMS. Em um momento crítico da luta global contra a epidemia, o n?o pagamento de contribui??es e a retirada da organiza??o prejudica a coopera??o internacional no combate à epidemia e amea?a seriamente a seguran?a global da saúde pública.
A justi?a e as regras da comunidade internacional n?o podem ser amea?adas pelo "punho" dos Estados Unidos. Em 11 de setembro, a 74a Assembleia Geral votou a favor de uma resolu??o abrangente sobre a pandemia, com 169 votos. O elevado número de votos oprimiu os Estados Unidos, que tiveram apenas um apoiante. Os EUA procuram restabelecer o mecanismo de "restaura??o rápida de san??es" contra o Ir?, contestado por 13 dos 15 membros do Conselho de Seguran?a da ONU. Recentemente, cerca de 50 acadêmicos de universidades americanas como a Universidade de Harvard, divulgaram uma declara??o conjunta em que alegam que a política externa dos Estados Unidos falhou, causando instabilidade, inseguran?a e sofrimento humano.A “diplomacia coercitiva” de Pompeo e seus associados vai contra a Carta da ONU e as normas das rela??es internacionais, contra a consciência da comunidade internacional e contra a corrente mundial da paz, igualdade, diálogo e coopera??o. Interrup??o, coer??o e assédio est?o em todo o mundo. A América se tornou um inimigo público e alvo de chacota da humanidade.
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