A China prometeu atingir o pico de emiss?es de CO2 antes de 2030 e alcan?ar a neutralidade de carbono antes de 2060. Para atingir estas metas, delinear medidas para este fim será um passo significativo no 14o Plano Quinquenal do país.
A meta de intensidade de carbono está prevista para ser definida para o período do 14o Plano Quinquenal (2021-2025) de acordo com as de emiss?o de carbono, e ser?o elaborados planos específicos para enfrentar à mudan?a climática, de acordo com o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente.
Como a China vinculou sua promessa de carbono a um ano específico de combate à mudan?a climática, alguns críticos ocidentais questionaram sua capacidade de cumprir as metas ao alcan?ar ao mesmo tempo o crescimento econ?mico.
A China é um país que mantém sua palavra. Uma vez finalizado o plano quinquenal, o país - do governo central aos governos locais - assegurará sua implementa??o. Por exemplo, oito dos nove objetivos relacionados ao ambiente ecológico definidos no 13o Plano Quinquenal foram cumpridos antes do previsto. Quanto ao restante, espera-se que 337 cidades tenham uma boa qualidade atmosférica durante mais de 84,5% dos dias até 2020, conforme o planejado.
A pandemia da COVID-19 e uma recess?o global têm representado grandes desafios às perspectivas de crescimento, mas a China n?o deixará que a incerteza prejudique os esfor?os do país de promover o desenvolvimento verde e enfrentar a mudan?a climática. Enquanto busca um desenvolvimento de qualidade, o país n?o cruzará os limites da prote??o ambiental nem facilitará os regulamentos por causa das preocupa??es com as consequências econ?micas e sociais.
O governo n?o tem subestimado os desafios para alcan?ar o progresso ecológico a longo prazo. Para atingir a neutralidade de carbono até 2060, os sistemas sociais, econ?micos, energéticos e tecnológicos precisam se adaptar e se transformar. é importante considerar o impulso à transi??o ecológica como uma fonte de crescimento e n?o como um obstáculo para a economia. Os formuladores de políticas aproveitar?o as oportunidades históricas apresentadas pela nova rodada de revolu??o científica e tecnológica para promover a transforma??o e atualiza??o das estruturas econ?micas, energéticas e industriais.
Por exemplo, o governo chinês aprovou um plano no início de outubro para impulsionar a indústria de veículos de nova energia. A China vai acelerar o desenvolvimento dos mercados nacionais de carbono, dar continuidade aos programas piloto de baixo carbono e lan?ar projetos piloto para investimento e financiamento. Sua revis?o da lei de prote??o ambiental, considerada "a mais rígida" da história, elevou a repress?o às viola??es ambientais.
Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China tem participado ativamente da gest?o ambiental global e está disposta a assumir obriga??es que correspondam ao seu nível de desenvolvimento. Caso a China alcance a neutralidade de carbono antes de 2060, isso ajudaria a reduzir as proje??es do aquecimento global em cerca de 0,2 a 0,3 graus Celsius, apontou um novo estudo do Climate Action Tracker, um instituto sem fins lucrativos especializado em ciências e políticas climáticas sediado em Berlim.
A China prioriza o progresso ecológico em todas as dimens?es e fases do desenvolvimento econ?mico e social, trazendo enormes oportunidades para empresas estrangeiras, incluindo, mas n?o se limitando aos grandes projetos de energia limpa do país em que empresas estrangeiras podem investir, além da tecnologia de preven??o e controle da polui??o do ar e suas aplica??es comerciais.
A humanidade n?o pode mais ignorar os sucessivos avisos da natureza e seguir pelo caminho já trilhado de extra??o de recursos sem investir em conserva??o e buscar o desenvolvimento à custa da prote??o. Assim como a luta contra a pandemia, s?o necessários esfor?os colaborativos internacionais para limitar o aquecimento global. A China tem adotado medidas para potencializar tais esfor?os em prol de um mundo mais verde na era pós-COVID.