(Foto: RBA)

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, esclareceu em uma entrevista coletiva nesta ter?a-feira (10) que a morte do voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac n?o tem nenhuma rela??o com a vacina, e afirmou que a suspens?o dos estudos clínicos da Coronavac, anunciada pela Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) sem aviso prévio, causou incerteza e medo nas pessoas.

Na noite desta segunda-feira (9), a Anvisa havia suspendido temporariamente os testes da vacina Coronavac, que é desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com Instituto Butantan, devido ao registro de um “evento adverso grave”.

Segundo a TV Cultura, a emissora pública de televis?o no estado de S?o Paulo, que teve acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML), o voluntário de 32 anos morreu no dia 29 de outubro e a causa foi suicídio.

Covas destacou que a Anvisa já foi notificada na sexta-feira (6) de um óbito, n?o relacionado com a vacina. No entanto, os estudos foram interrompidos apenas no dia 9, após o recebimento de uma mensagem de e-mail às 20h40. Antes da notifica??o, a Anvisa n?o tinha solicitado mais esclarecimentos sobre o evento. “Fomentaram um ambiente que n?o é muito propício pelo fato de essa vacina ser feita em associa??o com a China. fomentaram esse descrédito gratuito. A troco de quê?”, Covas criticou a forma como o caso foi conduzido pela Anvisa.

O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Wang Wenbin, esclareceu que, segundo o Instituto Butantan, parceiro da Sinovac no Brasil, o evento ocorrido n?o está relacionado com a vacina, pelo que a Sinovac continuará a manter contato com o Brasil nos próximos dias.