O uso de imagens de satélite para provar a existência de centros de deten??o na Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang é "absurdo" e "enganoso", disse um porta-voz do governo regional no sábado.
Alguns think tanks estrangeiros fizeram dedu??es sensacionalistas com base em imagens de satélite de Xinjiang, segundo Ilijan Anayt, o porta-voz, durante uma coletiva de imprensa em Urumqi, a capital regional.
Em um relatório intitulado "Documentando o Sistema de Deten??o de Xinjiang" pelo Australian Strategic Policy Institute, todos os complexos com paredes externas foram considerados centros de deten??o, disse ele.
"Na verdade, s?o apenas institui??es civis", disse Ilijan.
O "centro de deten??o" na cidade de Turpan mencionado no relatório é um prédio administrativo local, e os "centros de deten??o" na prefeitura de Kashgar s?o asilos, parques logísticos e prédios de escolas secundárias, disse ele ao apresentar as fotos dos edifícios em quest?o.
"Os chamados think tanks independentes, como a ASPI, n?o s?o centros de pesquisa acadêmica, mas ferramentas anti-China manipuladas pelo governo dos Estados Unidos", disse Ilijan.
Sua "pesquisa" é simplesmente uma fabrica??o subjetiva repleta de preconceitos e hostilidade. Suas fontes e pistas provêm de ONGs anti-China americanas ou de "evidências de testemunhas oculares" n?o confirmadas e n?o rastreáveis, explicou.
"Eles usaram até mapas interativos como imagens de satélite, o que é um tanto absurdo, sendo que o próprio círculo acadêmico australiano considera que esta pesquisa n?o tem valor acadêmico", disse Ilijan, acrescentando que Xinjiang é aberta, sendo que n?o há necessidade de aprender sobre a regi?o por meio de imagens .
Durante alguns anos, Xinjiang foi vítima de terrorismo e extremismo religioso. De acordo com estatísticas preliminares, entre 1990 e o final de 2016, separatistas, extremistas religiosos e terroristas conspiraram e realizaram vários milhares de atos de terrorismo, resultando na morte de um grande número de civis inocentes.
Para enfrentar o problema na raiz, Xinjiang criou centros de educa??o e treinamento vocacional desde 2014, com base na lei, de modo a oferecer programas de desradicaliza??o de pessoas influenciadas pelo extremismo religioso e pelo terrorismo. O governo dos Estados Unidos e alguns meios de comunica??o ocidentais come?aram a acusar a China de estabelecer um "programa de deten??o em larga escala voltado para pessoas de certos grupos étnicos", citando pesquisas de think tanks anti-China.
No sábado, graduados dos centros também refutaram as alega??es de que os estagiários s?o submetidos a lavagem cerebral for?ada e trabalho, abuso e até agress?o sexual.
O governo regional anunciou em dezembro que todos os estagiários participantes do programa de desradicaliza??o haviam completado a sua forma??o.
"Meus colegas e eu nunca passamos por coisas assim, nem sequer ouvimos falar disso", disse Mukerem Memet, graduado de um centro da província de Hotan, em resposta a uma pergunta de um repórter que trabalhava para um meio de comunica??o estrangeiro. "Essas alega??es infundadas, s?o fabricadas. Se f?ssemos torturados mental e fisicamente, como eu poderia me encontrar e falar com você assim hoje?".
Com os conhecimentos de informática aprendidos no centro, Mukerem logo encontrou um emprego após a formatura. Sua família também o considera mais extrovertido do que antes e se sente feliz por ele, disse.