A nova prática de Washington de assediar membros do Partido Comunista da China levantou suspeitas de descrimina??o por parte do governo dos Estados Unidos.
Policiais dos EUA recentemente fizeram perguntas a funcionários de empresas de transporte marítimo e de avia??o da China sobre a sua filia??o ao Partido Comunista da China.
Fontes próximas ao assunto, disseram ao jornal China Daily, exclusivamente sob condi??o de anonimato, que tais levantamentos sobre a filia??o ao Partido organizados por oficiais dos EUA ocorreram em várias ocasi?es recentemente, a bordo de navios ou avi?es chineses em solo americano.
Segundo a lei, os cidad?os chineses n?o precisam divulgar informa??es pessoais, como a sua filia??o ao PCCh, quando solicitam um visto para os EUA.
O Ministério das Rela??es Exteriores da China apresentou protestos oficiais junto dos EUA sobre esse assunto por diversas vezes, sendo que os EUA n?o deram ainda nenhuma explica??o legítima ou razoável.
Em 11 de novembro, policiais dos Estados Unidos e alguns outros funcionários à paisana embarcaram em 21 navios pertencentes à gigante chinesa COSCO Shipping e à Shanghai Zhenhua Heavy Industries Co Ltd, segundo as fontes.
A maioria dos navios foram abordados e inspecionados imediatamente após atracarem, o que "demonstra que os EUA vieram preparados".
O pessoal dos EUA examinou e fotografou os navios e verificou sua documenta??o. No auge dos ataques, 16 navios foram abordados um a um durante 25 dias em outubro, segundo as fontes.
"O extenso questionamento do lado norte-americano ao pessoal chinês durou, por vezes, várias horas, havendo uma fixa??o repetida na filia??o ao PCCh e perguntas sobre os motivos para ingressar no Partido", segundo as fontes.
"Eles perguntaram também sobre coisas como as liga??es da tripula??o ao governo chinês, a situa??o atual da preven??o de epidemia na China e as opini?es da tripula??o sobre os candidatos às elei??es presidenciais dos Estados Unidos".
Além dos navios chineses, as autoridades dos EUA lan?aram opera??es de surpresa em avi?es chineses que chegavam em 16 ocasi?es e questionarem detalhadamente as tripula??es de cabine. Em três dessas ocasi?es, o questionamento envolveu a ades?o ao Partido, segundo as fontes.
"Tais práticas do lado dos EUA levantam suspeitas de aplica??o discriminatória das leis (dos EUA) e de tentativas de provocar confronto ideológico, interromper as trocas regulares de visitas entre a China e os EUA e de criar deliberadamente problemas e obstáculos, dando às pessoas a impress?o de que o macarthismo está ressurgindo nos EUA ", disseram as fontes.
O macarthismo se refere ao questionamento de figuras públicas e funcionários liderados pelo senador Joseph McCarthy dos Estados Unidos no início dos anos 1950.
"Se o lado americano persistir em perseguir e chegar ao ponto de recorrer à supress?o ou persegui??o aos membros do PCCh, o lado chinês considerará tomar contra-medidas recíprocas", disseram as fontes.