O governador do estado brasileiro de S?o Paulo, Joao Doria, anunciou nesta segunda-feira que pretende iniciar a vacina??o contra o coronavírus em nível regional no dia 25 de janeiro de 2021, desde que a Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) aprove a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac Life Science.
Doria disse que S?o Paulo, principal estado do país e o mais afetado pela pandemia, tem condi??es de iniciar um plano de imuniza??o antes do previsto pelo Ministério da Saúde, que poderia come?ar em mar?o.
"Decidimos iniciar a vacina??o no dia 25 de janeiro de forma gratuita, no estado de S?o Paulo", anunciou Doria em entrevista à imprensa.
A fase 1, explicou, será a da vacina??o de 9 milh?es de pessoas, entre elas 1,5 milh?o de profissionais da saúde, indígenas, quilombolas (descendentes de escravos que vivem em zonas rurais) e 7,5 de milh?es de moradores do estado com mais de 60 anos.
No total ser?o 9 milh?es de pessoas que necessitar?o de duas doses em um período de três semanas, para garantir a imunidade.
O governador Doria anunciou também que haverá outras 4 milh?es de vacinas Coronavac à disposi??o de outros estados e cidades do Brasil.
S?o Paulo, através da fábrica de vacinas governamental Instituto Butantan, fez um acordo com o laboratório chinês Sinovac Life Science para adquirir 46 milh?es de doses de vacina até mar?o e come?ar a produzir a vacina localmente a partir de outubro.
De qualquer maneira, este planejamento pode sofrer altera??es caso o Ministério da Saúde incorpore a Coronavac dentro de seu programa nacional de vacina??o para 2021, que ainda n?o foi oficializado, já que a Anvisa necessita primeiro aprovar todas as vacinas.
Doria disse que oito estados já pediram para adquirir a Coronavac e revelou que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, viajou a Buenos Aires para conversar sobre a possibilidade de exportar a produ??o brasileira dessa vacina para a Argentina, depois que os brasileiros tenham sido imunizados.
Doria contou que Covas se reuniu com o chanceler argentino, Felipe Solá, e o ministro da Saúde, Ginés González García.
O Instituto Butantan come?ou a construir em novembro uma nova unidade de sua fábrica de vacinas, a maior do hemisfério sul do setor estatal, destinada apenas à Coronavac.
S?o Paulo, o estado mais populoso do país, com 46 milh?es de habitantes e um ter?o do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, anunciou que seu plano de vacina??o terá 10.000 pontos de aplica??o da vacina nos 645 municípios do estado e contará com a participa??o de 54.000 agentes sanitários e 25.000 policiais.