A Agência Nacional de Vigilancia Sanitária do Brasil (Anvisa) aprovou por unanimidade no domingo (17) o pedido de autoriza??o para o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas respectivamente pelo Instituto Butantan do Brasil juntamente com a Sinovac Biotech da China, e pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca Pharmaceuticals.
A Anvisa realizou uma reuni?o que durou cinco horas naquele dia e divulgou a decis?o ao público por meio de diversos canais de mídia.
Durante o encontro, a Anvisa ainda apresentou detalhadamente uma série de quest?es relacionadas, como processo de teste, resultados de dados e cuidados com as duas vacinas. Após a vota??o da dire??o da Anvisa, decidiu-se conceder licen?as emergenciais para as duas vacinas.
O ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, informou que as vacinas ser?o distribuidas a partir de 18 de janeiro, e estimou o início da vacina??o para 20 de janeiro.
No entanto, minutos após a aprova??o, a primeira imuniza??o foi realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S?o Paulo (USP). A primeira brasileira a receber a vacina contra a Covid-19 no Brasil foi a enfermeira Monica Calazans.
Calazans é enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, ela tem 54 anos e é diabética e por isso faz parte da popula??o de alto risco.
De acordo com a folha de S?o Paulo, a autoriza??o de uso emergencial envolve 6 milh?es de doses da vacina CoronaVac e 2 milh?es de doses da vacina de Oxford. O Instituto Butantan pode fornecer todas as vacinas CoronaVac prontas, no entanto a vacina de Oxford ainda n?o está disponível.
Anteriormente, o governo brasileiro planejava importar 2 milh?es de doses da vacina Oxford da índia, mas a compra foi recusada.
Ant?nio Barra Torres, diretor da Anvisa, disse que mesmo com uma vacina, a vitória sobre a epidemia do novo coronavírus deve ser alcan?ada por meio de "mudan?as de comportamento social".
Meiruze Freitas, uma das diretoras da Anvisa, fez um apelo às pessoas, às institui??es e à sociedade para que tomem todas as medidas possíveis para se precaverem da Covid-19. “Até o momento, n?o contamos com alternativa terapêutica aprovada disponível para prevenir ou tratar a doen?a causada pelo novo coronavírus”, alertou ela.