O bom desempenho na gest?o da primeira vaga n?o se veio a repetir em Portugal, após o país ver o número de novos casos disparar nos meses finais do ano passado, atingindo máximos consecutivos no mês de janeiro.
O descontrole no último mês, que se estima ter sido motivado pelo relaxamento das medidas de confinamento durante o período das festividades de fim de ano e pela entrada da estirpe inglesa no território português, motivaram um aumento abrupto no número de contágios e de mortes pela doen?a. No período de 31 dias foram contabilizadas 5,576 mortes face a 6,906 entre mar?o e dezembro.
A press?o colocada no SNS (Sistema Nacional de Saúde) levou à suspens?o de inúmeros servi?os n?o urgentes no país, designadamente cirurgias e consultas n?o urgentes, e ao estabelecimento de hospitais de campanha. Vários profissionais foram mobilizados para participar no esfor?o coletivo de conten??o da doen?a.
Face aos números que continuam sem dar tréguas, o governo português lan?ou um pedido de ajuda à UE, uma possibilidade prevista no projeto europeu, tendo já ocorrido entre outros países durante outras fases da pandemia.
Até o momento, o país recebeu resposta positiva por parte da Alemanha e da áustria, que enviaram materiais, profissionais de saúde, e se disponibilizaram para receber doentes com Covid-19.
Portugal viu-se for?ado a implementar, gradualmente, medidas restritivas face ao aumento imparável dos números. Inicialmente foi implementado um novo confinamento geral no dia 15 de janeiro, seguindo-se a suspens?o das aulas nas escolas e o encerramento de fronteiras. O estado de emergência deverá perdurar até 14 de fevereiro, com possibilidade de renova??o.
O plano de vacina??o tem estado também envolto em controvérsia, sendo que o país é dos mais lentos da UE a gerir a administra??o das primeiras doses. A falta de objetividade e organiza??o na atribui??o de vacinas, juntamente com casos de pessoas com acesso à vacina sem pertencerem a grupos prioritários, ou desperdício de doses por negligência, têm sido alvo de aten??o pública.
Portugal contabiliza até à data 726,321 casos de infe??o e 12,757 mortes por Covid-19.