O governo brasileiro anunciou na quinta-feira que retirou formalmente o processo de 2017 contra o governo canadense dentro da Organiza??o Mundial do Comércio (OMC) por subsídios a aeronaves comerciais.

O país sul-americano contestou os subsídios concedidos pelo governo canadense para o lan?amento, desenvolvimento e produ??o das aeronaves de Séries C da Bombardier, fabricante canadense de jatos executivos.

Segundo o governo brasileiro, os mais de US$ 3 bilh?es garantiram condi??es de concorrência distorcidas no mercado de avia??o comercial e causaram sérios prejuízos à fabricante brasileira Embraer.

"O Brasil continua convencido da for?a de seu caso. No entanto, ficou claro que a disputa n?o poderia remediar efetivamente os impactos de tais subsídios em grande escala no mercado de aeronaves comerciais", disse o Ministério das Rela??es Exteriores do Brasil em um comunicado, acrescentando que a indústria da avia??o mudou desde que a disputa foi iniciada.

A retirada da Bombardier do mercado de avia??o comercial, em particular a venda de seu programa da Série C para a empresa europeia Airbus, que transferiu parte de sua produ??o final para os Estados Unidos, "minimizou as chances de obter uma solu??o para o litígio contra o Canadá", diz a declara??o.

Segundo o Ministério das Rela??es Exteriores, com a conclus?o do litígio, o Brasil agora se concentrará com ímpeto renovado no lan?amento de negocia??es para disciplinas mais eficazes no apoio governamental ao setor de avia??o comercial, abrangendo o lan?amento, desenvolvimento e produ??o de aeronaves comerciais e tecnologias relacionadas.

"A negocia??o de disciplinas mais efetivas é a melhor forma de restabelecer a igualdade de condi??es no mercado de avia??o comercial, setor que gera US$ 500 bilh?es anuais e 1 milh?o de empregos no mundo", acrescentou o Ministério.