Um enviado chinês pediu na quinta-feira uma abordagem prudente para a quest?o do uso de armas químicas na Síria.
A China espera que a Organiza??o para a Proibi??o de Armas Químicas (OPAQ) possa observar os princípios de independência, imparcialidade e objetividade e agir estritamente dentro da estrutura da Conven??o de Armas Químicas ao investigar o suposto uso de armas químicas e atribuir responsabilidade, disse Geng Shuang, representante-permanente-adjunto da China na Organiza??o das Na??es Unidas.
A China sempre se op?e ao uso de armas químicas por qualquer estado, organiza??o ou indivíduo sob quaisquer circunstancias para quaisquer fins, disse ele.
Os esfor?os para resolver a quest?o das armas químicas sírias devem partir dos fatos. As investiga??es sobre supostos usos de armas químicas devem ser baseadas na ciência e cumprir as regras e padr?es relevantes, disse ele ao Conselho de Seguran?a.
A confiabilidade da fonte de informa??es, a integridade da cadeia de evidências e a robustez da análise afetam a credibilidade e a autoridade dos relatórios de investiga??o. Os Estados-membros têm o direito de questionar os relatórios de investiga??o. A Secretaria Técnica da OPAQ deve apresentar evidências conclusivas para convencer as pessoas, afirmou ele.
Para resolver a quest?o das armas químicas na Síria, n?o deve haver dois pesos e duas medidas. A Secretaria Técnica da OPAQ n?o deve adotar seletivamente inteligência e informa??es sobre o suposto uso de armas químicas pelas partes. O governo sírio forneceu informa??es em várias ocasi?es sobre a fabrica??o de incidentes de armas químicas por organiza??es terroristas e grupos armados. A Secretaria Técnica deve dar importancia a essas informa??es e incluí-las em seu relatório mensal, afirmou ele.
Para resolver a quest?o das armas químicas na Síria, n?o deve haver motiva??o política em jogo, disse Geng.
Nos últimos anos, alguns países pressionaram repetidamente a OPAQ a agir, apesar da falta de evidências conclusivas, das inúmeras dúvidas sobre os relatórios e das enormes diferen?as entre as partes.
"As decis?es for?adas desta forma eram frequentemente cheias de controvérsia e difíceis de implementar. Elas n?o apenas corroeram a confian?a mútua entre os Estados-membros, mas também dificultaram a resolu??o desta quest?o".
"Para resolver a quest?o das armas químicas na Síria, devemos contar com o diálogo e a coopera??o", acrescentou ele.
Há algum tempo, o governo sírio colabora ativamente com a OPAQ. Os dois lados mantiveram comunica??o e coopera??o sólidas e, em princípio, concordaram em estender o acordo de coopera??o pertinente por seis meses, observou ele.
De 7 a 25 de fevereiro, as duas partes realizaram a 24a rodada de consultas técnicas. A comunidade internacional deve reconhecer a atitude construtiva do governo sírio, encorajar a OPAQ e o governo sírio a continuar o diálogo e as consultas, além de trabalhar juntos para resolver quest?es pendentes, disse ele.