A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) está "rejuvenescendo" no Brasil, com o aumento de casos e mortes de pessoas jovens, segundo um alerta da Funda??o Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de pesquisa biomédica que é referência mundial.
Em seu Boletim Semanal de análise da COVID-19 no Brasil, correspondente ao período entre 4 e 17 de abril e divulgado nesta sexta-feira, a Fiocruz informou que os óbitos entre pessoas de 20 a 29 anos aumentaram 1.081,82%, enquanto o número de mortos entre 40 e 49 anos cresceu 1.173,75% comparado às duas semanas anteriores.
Segundo a Fiocruz, no período analisado, quase a totalidade dos estados brasileiros apresentou estabilidade nos indicadores, com exce??o de Roraima (norte), onde foi verificado um novo aumento tanto de casos como de óbitos. Já no Amapá (também no norte), houve uma pequena redu??o de casos.
As maiores taxas de letalidade foram registradas no Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e S?o Paulo (5,1%).
De acordo com a Fiocruz, essas taxas de letalidade elevadas mostram graves falhas no sistema de cuidado e vigilancia em saúde nessas regi?es, assim como a insuficiência de testes de diagnóstico, identifica??o de grupos vulneráveis e transferência de pacientes graves.
Por su vez, as maiores taxas de incidência da COVID-19 foram observadas em Rond?nia, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
Segundo o boletim da Funda??o, as taxas de ocupa??o nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da saúde pública pelos pacientes do vírus continuam sendo, de modo geral, muito elevadas, com 25 dos 27 estados brasileiros em situa??o crítica.
De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo governo, o Brasil registra mais de 386.000 mortes por COVID-19 e mais de 14 milh?es de infectados, desde o início da pandemia no país em mar?o de 2020.