A Itália abriu formalmente suas fronteiras no domingo para viagens sem restri??es a visitantes de alguns países. Embora aparentemente poucos tenham tirado proveito das regras de viagem flexibilizadas em seu primeiro dia, as empresas em Roma est?o otimistas.
Muitas ruas, parques e pra?as da capital italiana ficaram lotados de visitantes no fim de semana - pelo menos para os padr?es da pandemia do coronavírus. Mas a maioria dos que estavam sob o céu nublado de Roma eram locais.
A partir de domingo, os viajantes dos Estados membros da Uni?o Europeia (UE), Gr?-Bretanha e Israel têm o direito de entrar na Itália sem restri??es caso apresentem um teste recente de coronavírus negativo, prova de vacina??o ou tenham se recuperado do vírus nos último seis meses.
A mudan?a na regra dá aos emprededores em Roma otimismo sobre suas perspectivas, em muitos casos pela primeira vez em meses.
"Ninguém esperava uma enxurrada de chegadas de estrangeiros no primeiro dia, mas será bom ouvir línguas estrangeiras no bar novamente", disse à Xinhua Marco Ciocci, gerente de uma cafeteria com vista para o Coliseu de Roma, acrescentando que “todos nós estamos lutando sem o turismo desde o ano passado. Esta é uma mudan?a bem-vinda".
Anna Maria Spataro, balconista de uma loja de roupas no bairro de Campo Marzio, em Roma, concorda.
"Acho que uma das raz?es pelas quais consegui meu emprego foi porque falo inglês, francês e alem?o, mas devo admitir que quase n?o tenho usado esses idiomas recentemente", disse ela segundo noticiou a Xinhua.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciou no início deste mês na reuni?o do Grupo dos 20 Ministros do Turismo que a Itália come?aria a receber turistas estrangeiros em? meados de maio, cerca de um mês antes de entrar em vigor o próprio passe do Certificado Verde Digital da UE para turistas.
A decis?o de Draghi foi baseada nos indicadores de coronavírus, como infec??o, hospitaliza??o e taxas de mortalidade, que melhoraram no último mês.
A mudan?a que Draghi anunciou formalmente entrou em vigor no domingo para visitantes de alguns países. Viajantes de outras partes do mundo ainda podem entrar no país, desde que sigam as regras de quarentena na chegada, e aqueles no país devem obedecer às restri??es nacionais de saúde, como o toque de recolher nacional das 22h e os lugares para bares e restaurantes limitados a áreas ao ar livre.
Essa foi uma boa notícia para o setor de turismo do país. Gianfranco Lorenzo, chefe de pesquisa do Centro de Estudos Turísticos de Floren?a, acredita que esta reabertura representa o fim dos efeitos da pandemia no setor, noticiou à Xinhua.
"Se n?o houver contratempos (relacionados à pandemia), acho que veremos uma melhora gradual a partir deste ponto", disse Lorenzo.
A melhoria levará tempo. As previs?es s?o de que o setor que respondia por 13% do produto interno bruto da Itália antes da pandemia terá que esperar até o segundo semestre de 2023 para retornar aos níveis de 2019.
Franco Strinati, proprietário de dois cafés e uma loja de souvenirs no centro histórico de Roma, disse que espera que o país já esteja no caminho da recupera??o, segundo publicou a Xinhua.
"Hoje é um dia lindo e as ruas est?o cheias", disse Strinati. "Quase parece como nos velhos tempos. Espero que possamos olhar para trás, para este período e vê-lo como os primeiros estágios de um forte retorno ao turismo."
Anna e Cristina Lo Bianco, irm?s e estudantes universitárias, foram ao centro histórico de Roma no fim de semana, a cerca de 40 km ao norte da cidade, para desfrutar dos famosos monumentos antes que o número de turistas se torne esmagador, noticiou a Xinhua.
“A pandemia tem sido difícil para todos, social e economicamente, mas também tem sido bom ter multid?es menores”, avaliou Anna.
Cristina concordou: "Espero que em breve tudo volte a ser como antes", disse ela. "Mas também quero me lembrar desse período em que os turistas eram todos italianos".
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