Nos últimos anos, a China testemunhou um grande desenvolvimento no campo da constru??o de edifícios verdes. A propor??o de edifícios verdes urbanos em todas as novas constru??es aumentou significativamente de 2% em 2012 para 65% em 2019.
Edifício coberto por módulos fotovoltaicos no distrito de Changping, em Beijing.
Considerando que a energia utilizada em todo o processo de constru??o civil foi responsável por mais de 45 por cento do consumo total de energia do país asiático, o desenvolvimento de edifícios verdes e a redu??o de emiss?o de carbono na área da constru??o é significante, segundo cálculos de um relatório de pesquisa.
Diante desse fato, o Ministério da Habita??o e Desenvolvimento Urbano-Rural destacou no final do ano passado que a China irá redobrar seus esfor?os na constru??o de uma arquitetura verde.
Vários métodos est?o sendo adotados para tornar os edifícios mais verdes. Um edifício coberto por módulos fotovoltaicos no distrito de Changping, em Beijing, serve como um bom exemplo desses esfor?os - usando paredes fotovoltaicas leves em vez de contrapartes de cimento tradicionais, a constru??o é composta por um total de 1.155 módulos fotovoltaicos de filme fino, que devem gerar anualmente 75.000 quilowatts-hora de energia, e atender de 30 a 40 por cento das necessidades de eletricidade do edifício.
Além da economia de energia, o edifício também se caracteriza pela eficiência de seu processo construtivo. Formado por 410 membros estruturais de a?o, 197 placas de cobertura e 170 unidades de cortina fotovoltaica pré-fabricadas, o edifício foi concluído em 7 dias, de modo semelhante àquele usado para montar blocos de constru??o.
Este tipo de edifício pré-fabricado pode ser concluído num período de tempo mais curto e, ao mesmo tempo, reduz efetivamente a polui??o do ar e o descarte de resíduos durante o processo de contru??o.
Em compara??o com o método tradicional fundido no local, um projeto de constru??o de concreto pré-fabricado pode reduzir a descarga de resíduos em 70 por cento, economizar no uso de madeira em 60 por cento, reduzir a quantidade de argamassa de cimento usada em 55 por cento e conservar o consumo de água em 25%, de acordo com dados de pesquisa relevantes.
Na verdade, edifícios recém-pré-fabricados em 31 regi?es de nível provincial cobriam uma área de 630 milh?es de metros quadrados em 2020, um aumento de 50 por cento em rela??o a 2019, que segundo as estatísticas do Ministério da Habita??o chinês, representa cerca de 20,5 por cento das novas áreas de constru??o.
“A China come?ou a construir edifícios verdes no início deste século, o que é cerca de 30 anos mais tarde do que os países desenvolvidos. No entanto, o desenvolvimento da sua arquitetura verde tem sido rápido”, explicou um responsável do Ministério da Habita??o chinês, acrescentando que, os sistemas relevantes do país asiático foram adaptados aos padr?es internacionais.
Em 2022, a propor??o de edifícios verdes, entre todos os recém-construídos, chegará a 70 por cento, de acordo com um plano de a??o conjunto lan?ado pelo Ministério da Habita??o e Desenvolvimento Urbano-Rural da China e outros sete departamentos.
O plano também apresenta tarefas importantes, como a promo??o da implementa??o total de projetos ecológicos em novas contru??es, a melhoria da eficiência energética e hídrica e o estabelecimento de um mecanismo de supervis?o para os usuários residenciais.