A China refutou na quarta-feira as críticas de alguns países ocidentais sobre suas políticas envolvendo Hong Kong, Xinjiang e Tibet, opondo-se à interferência nos assuntos internos da China sob o pretexto de direitos humanos e instando os países relevantes a tomar medidas concretas para resolver os graves problemas de direitos humanos deles.

O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores chinês, Zhao Lijian, fez as observa??es durante uma coletiva de imprensa em resposta ao Canadá, que em nome de alguns países ocidentais, criticou a China na 47a sess?o do Conselho de Direitos Humanos das Na??es Unidas (UNHRC, em inglês).

De acordo com um comunicado de imprensa emitido pelo ministério na ter?a-feira, a Belarus fez um discurso conjunto em nome de 65 países, enfatizando que os assuntos envolvendo Hong Kong, Xinjiang e Tibet s?o assuntos internos da China e que o mundo exterior n?o deve interferir neles.

Os seis membros do Conselho de Coopera??o do Golfo (CCG) enviaram uma carta de apoio à posi??o da China, e mais de 20 países est?o prontos para apoiar a China por fazer declara??es em capacidade nacional.

Observando que os mais de 90 países acima mencionados expressaram seu apelo por justi?a no Conselho de Direitos Humanos, Zhao disse que isso reflete o que a comunidade internacional está apoiando e exp?e a hipocrisia de alguns países ocidentais em interferir nos assuntos internos de outros países sob o pretexto de direitos humanos.

"Alguns países ocidentais est?o ansiosos para fabricar e vender rumores sobre a China e interferir nos assuntos internos da China em nome dos direitos humanos com o objetivo de suprimir e conter a China e dificultar seu processo de desenvolvimento", disse Zhao. "Mas tais tentativas est?o fadadas ao fracasso."

Ele acrescentou que a China está determinada a promover e proteger os direitos humanos no país e salvaguardar sua soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento nacionais.

Apontando terríveis viola??es dos direitos humanos por países como Canadá, Estados Unidos e Gr?-Bretanha, Zhao os aconselhou a tomar medidas concretas para enfrentar seus graves problemas de direitos humanos, respeitar os propósitos e princípios da Carta das Na??es Unidas e as normas básicas das rela??es internacionais, e fazer boas a??es para o desenvolvimento sólido da causa internacional dos direitos humanos.

Em resposta à preocupa??o da comunidade internacional com a situa??o dos direitos humanos nos Estados Unidos, Zhao disse que os Estados Unidos adotaram sem escrúpulos padr?es duplos em quest?es de direitos humanos e trataram os direitos humanos como uma ferramenta para salvaguardar sua hegemonia e interferir nos assuntos internos de outros países.

Zhao acrescentou que os casos de abuso de direitos humanos pelos Estados Unidos s?o t?o grandes para ser registrados, que incluem massacre racial contra povos indígenas; discrimina??o racial prevalente, sistêmica e persistente; provoca??o de guerras no Afeganist?o, Iraque e Síria, e san??es unilaterais que violam os direitos humanos dos cidad?os de outros países.

Os Estados Unidos devem responder às vozes das minorias e trazer justi?a à história e ao mundo, disse ele.

Zhao também expressou forte insatisfa??o e oposi??o a que o ministro britanico das Rela??es Exteriores, Dominic Raab, apoiou as a??es do Canadá no tweet.

"Esta é uma acusa??o politicamente motivada contra a China baseada em mentiras e informa??es falsas, e é uma interferência grosseira nos assuntos internos da China sob o pretexto de direitos humanos", disse Zhao.

Apontando que o exército britanico torturou e feriu civis locais inocentes durante as guerras no Afeganist?o e no Iraque, Zhao disse que o lado britanico, no entanto, justificou descaradamente os crimes perpetrados por seus soldados de forma legal.

A China insta o lado britanico a refletir seriamente sobre suas grosseiras viola??es dos direitos humanos, e n?o tentar distrair a aten??o e se esquivar das responsabilidades atacando e difamando a China, disse Zhao.