A China estará sempre ao lado dos países em desenvolvimento, respirará o mesmo ar e compartilhará um destino comum com eles, disse o conselheiro de Estado e ministro das Rela??es Exteriores chinês, Wang Yi.
Wang fez as declara??es na segunda-feira ao se reunir com jornalistas junto com o ministro dos Assuntos Exteriores argelino, Ramtane Lamamra, em Argel, capital da Argélia.
Há 50 anos, quando uma resolu??o apresentada conjuntamente pela Argélia e outros países foi passada por uma maioria devastadora na Assembleia Geral das Na??es Unidas, os países em desenvolvimento "levaram" a China à ONU, o que, conforme disse Wang, é uma vívida ilustra??o da solidariedade e coopera??o entre a China e outras na??es em desenvolvimento.
O propósito de sua visita atual é reviver a experiência da luta conjunta e expressar, mais uma vez, seu mais sincero agradecimento à Argélia e a todos os amigos dos outros países que resistiram à press?o, defenderam a justi?a e apoiaram com firmeza a China, disse Wang.
A China e outros países em desenvolvimento sempre estiveram "na mesma trincheira" nos últimos 50 anos, disse Wang, indicando que a China tem mantido altas expectativas em rela??o aos países em desenvolvimento e cumpriu a promessa na ONU e seu Conselho de Seguran?a de que o voto da China no organismo mundial pertence ao mundo em desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, os países em desenvolvimento nunca estiveram ausentes do apoio aos interesses fundamentais da China, sublinhou.
Durante os últimos 50 anos, os Estados membros da ONU aumentaram em 65, a grande maioria dos quais s?o países em desenvolvimento, recordou o chanceler chinês.
"Os países em desenvolvimento se aproximaram gradualmente do centro do cenário mundial e passaram de atores atrasados e passivos para assumir de forma ativa papéis de lideran?a, o que impulsionou firmemente o processo histórico da democratiza??o dos la?os internacionais, a multipolariza??o do mundo e a globaliza??o econ?mica", acrescentou.
Durante os últimos 50 anos, disse Wang, os países em desenvolvimento substituíram consistentemente a confronta??o com o diálogo, resistiram ao poder com solidariedade, exploraram de forma independente seus caminhos de desenvolvimento e defenderam o respeito mútuo entre civiliza??es, tornando-se em novas for?as impulsionadoras do progresso humano.
Depois de mencionar que o presidente chinês, Xi Jinping, disse que, "sem importar qu?o longe viajemos, jamais devemos nos esquecer do que experimentamos", Wang sublinhou que gra?as ao apoio e a ajuda de outros países em desenvolvimento, a China p?de chegar t?o longe como chegou.
Quando a China era um país pobre e estava atrasado, fez todo o possível para ajudar outras na??es em desenvolvimento, disse Wang, e indicou que hoje em dia, a China, que se encontra acelerando seu desenvolvimento, contribuirá mais para o bem-estar dos países em desenvolvimento.
Em um momento em que o mundo enfrenta profundas mudan?as n?o vistas em um século, a China se unirá mais estreitamente à Argélia e a outros países em desenvolvimento, nunca se submeterá ao poder e nunca fraquejará ante as adversidades, assinalou.
A China defenderá com determina??o os princípios de independência soberana e n?o ingerência nos assuntos internos dos outros, se oporá ao hegemonismo e a política de poder e protegerá os direitos legítimos e o espa?o de desenvolvimento dos países em desenvolvimento, assegurou.
De mesmo modo, insistirá em procurar uma maior voz para os países em desenvolvimento e melhorar sua representa??o na governan?a internacional, acrescentou Wang.
Ele disse que a China promoverá os valores comuns da humanidade de paz, desenvolvimento, igualdade, justi?a, democracia e liberdade, praticará o multilateralismo real e construirá, junto com os países em desenvolvimento, uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.
Por sua parte, Lamamra disse que a China é representante dos países em desenvolvimento e dos países n?o alinhados e parceiro dos países africanos e árabes.
Com um papel efetivo da China, as rela??es internacionais se democratizar?o e o mundo estará mais equilibrado, assinalou Lamamra, acrescentou que a Argélia espera que a China desempenhe um papel mais importante na ONU e seu Conselho de Seguran?a.